De acordo com estudos da Agência Espacial Europeia (ESA), divulgados nessa semana, a pressão exercida pelos ventos solares deixou o planeta Vênus com uma cauda em forma de gota, assim como a de um cometa.
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Cientistas da ESA explicam que Vênus não tem um forte campo magnético que protege o planeta dos ventos solares. Com isso, partículas são carregadas e formam “a cauda do cometa” no lado noturno.
Com o planeta Terra é bem diferente. Nós somos "protegidos" por um forte campo magnético; a ionosfera é relativamente estável sob uma variedade de condições de vento solares. Em comparação, Vênus não tem seu próprio campo magnético, sendo assim, ele sofre os efeitos dos ventos solares e portanto, tem a sua ionosfera moldada.
As partículas são de gás eletricamente carregadas. Elas ficam na ionosfera, campo que fica acima da atmosfera de um planeta.
"A ionosfera em forma de gota começou a se formar dentro de 30-60 minutos após o vento solar de alta pressão. Ao longo de dois dias terrestres, a cauda havia se estendido a pelo menos dois raios de Vênus, voltada para o lado noturno ", informa Yong Wei do Instituto Max Planck para Pesquisa do Sistema Solar, na Alemanha, principal autor das novas descobertas.
As novas observações abrem um debate sobre como a força do vento solar afeta a maneira em que o plasma ionosférico é transportada do lado diurno para o noturno de Vênus.
Assim como Vênus, Marte não conta com um forte campo magnético e registra uma atividade semelhante de partículas devido ao vento solar.
Fonte: ESA
31/01/13
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