Nossa estrela está enfrentando seu período de " máximo solar ", a fase de pico de seu ciclo de atividade de 11 anos. Mas esse máximo solar, conhecido como 'ciclo solar 24', está muito fraco fraco. Os especialistas o comparam com o 'ciclo solar 14', que aconteceu no início de 1900.
"Nunca observamos um ciclo solar tão fraco como esse", disse Leif Svalgaard, da Universidade de Stanford.
Mas com isso, podemos aprender bastante sobre a nossa estrela, e esse aprendizado já começou. Os cientistas acreditam ter descoberto por que as tempestades solares durante o atual ciclo 24 causam relativamente poucos problemas aqui na Terra.
O Sol frequentemente libera partículas superaquecidas para o espaço, em explosões conhecidas como "Ejeção de Massa Coronal" (EMC). Quando uma EMC atinge a Terra, ela pode provocar tempestades geomagnéticas, que por sua vez, podem interromper as comunicações de rádio, sinais de GPS e redes de energia, além de causar danos em satélites e sistemas de comunicação e navegação.
Um fato interessante é que esses efeitos foram raramente vistos durante o atual ciclo solar 24, embora o número total de EMC continue praticamente o mesmo. A explicação, segundo os pesquisadores, está na atual redução de pressão na heliosfera, a enorme bolha de partículas carregadas e de campos magnéticos ao redor do Sol.
Solar Dynamics Observatory da NASA mostra a explosão solar
do dia 08 de agosto de 2011, na faixa do ultravioleta.
A tempestade de classe X6.9 foi a maior do ciclo solar 24.
Créditos: NASA / SDO / GSFC
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do dia 08 de agosto de 2011, na faixa do ultravioleta.
A tempestade de classe X6.9 foi a maior do ciclo solar 24.
Créditos: NASA / SDO / GSFC
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"Esta pressão mais baixa permite um crescimento no tamanho das EMC", disse Nat Gopalswamy do Goddard Space Flight Center da NASA, em Greenbelt, Maryland. As EMC do atual ciclo 24 são, em média, 38% maiores do que as EMC do último ciclo solar. Essa diferença de 38% significa muito, principalmente para nós, aqui na Terra.
"Quando as EMC aumentam de tamanho, o campo magnético no interior das EMC tem menor resistência", explica Gopalswamy. "Logo, quando temos uma baixa resistência nos campos magnéticos, as EMC causam tempestades geomagnéticas mais suaves".
Os cientistas também acreditam ter descoberto por que poucas partículas energéticas super rápidas provenientes do Sol (SEP em inglês) foram detectadas ao redor da Terra durante o atual ciclo solar, que teve início em 2008. Segundo os especialistas, essa característica está ligada com o enfraquecimento do campo magnético interplanetário.
Partículas energéticas solares super rápidas podem apresentar um perigo para os astronautas em órbita da Terra. Essas partículas são geradas pelas ondas de choque de EMC, porém, uma menor quantidade dessas partículas estão sendo aceleradas no atual ciclo solar, disse Joe Giacalone, da Universidade do Arizona.
"Quando o campo magnético está mais fraco, as partículas não se prendem perto da onda de choque de maneira eficaz", disse Joe. "Leva muito mais tempo para que essas partículas absorvam altas energias".
Ao que parece, a força ou a fraqueza de um ciclo solar está diretamente ligada com a intensidade do campo magnético polar solar do ciclo anterior. O campo magnético polar alimenta as manchas escuras e relativamente frias do Sol, que são a fonte de EMC e de Erupções Solares, que ocorrem no próximo ciclo solar, disse Nat.
"O campo magnético polar do Sol estava fraco durante o ciclo solar 23, e por isso, os pesquisadores suspeitaram que o ciclo solar 24 teria sua atividade abaixo do esperado", disse Leif. "Previsões sobre o ciclo solar 25 devem ser feitas dentro de 2 ou 3 anos, quando o campo magnético polar reaparecer".
Fonte: Space / NASA
Imagens: NASA / SOHO
24/12/13
e se o sol inverter seu campo magnético o da terra tb se inverterá? ? :/
ResponderExcluirNão. O campo magnético da terra é gerado por aqui mesmo.
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