Uma equipe de astrônomos liderados por David Pinfield da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, descobriu duas das mais antigas anãs marrons da Galáxia . Esses objetos antigos estão se movendo a uma velocidade entre 60 e 120 quilômetros por segundo, muito mais rápido do que as estrelas normais e outras anãs marrons, e acredita-se que elas tenham se formado quando a Galáxia era jovem, há mais de 10.000 milhões anos. Curiosamente, os cientistas acreditam que essas anãs marrons podem fazer parte de uma população vasta e inédita de objetos.
Anãs marrons são "quase estrelas", muito menos massivas (com menos de 7 por cento da massa do Sol) e elas não geram calor interno através da fusão nuclear como estrelas. Devido a isso, as anãs marrons simplesmente esfriam com o tempo, tornando-se corpos extremamente frios. Essas anãs marrons recém-descobertas têm temperaturas entre 250 ° e 600 ° C, muito mais frias do que as estrelas . Em comparação, o sol tem uma temperatura de superfície de 5.600 ° C.
A equipe de Pinfield identificou os novos objetos no levantamento feito pelo WISE, um observatório da NASA, que examinou o céu no infravermelho entre 2010 e 2011. Os nomes dos objetos são WISE 0013+0634 e WISE 0833+0052, e eles estão nas constelações de Peixes e de Hydra , respectivamente. Medições adicionais que confirmam a natureza dos objetos foram feitas através de grandes telescópios terrestres ( Magellan, Gemini, VISTA e UKIRT ) . Identificar as anãs marrons frias dentre incontáveis outros objetos no céu é como encontrar uma agulha num palheiro, porém, novos métodos de busca ajudaram nessa nova descoberta. "Se compararmos todos os corpos de uma galáxia, os membros mais antigos se movem muito mais rápido do que a população mais jovem ", disse Pinfield.
Ilustração artística mostra uma anã marrom no disco espesso
ou no halo da Via Láctea. Créditos: John Pinfield
ou no halo da Via Láctea. Créditos: John Pinfield
As estrelas basicamente se concentram em três locais da galáxia: no disco fino, no disco espesso e no halo. O disco espesso é muito mais antiga do que o disco fino, e as suas estrelas se movem para cima e para baixo em uma velocidade mais elevada. Ambos os discos se encontram dentro do halo galático, que contém os remanescentes das primeiras estrelas que se formaram na galáxia.
Objetos do disco fino dominam o volume local, sendo os objetos de disco espesso e do halo muito mais raros. Cerca de 97% das estrelas locais são membros do disco fino, enquanto que apenas 3% são do disco espesso ou do halo. A população de anãs marrons provavelmente tenha a mesma quantidade da população estelar, o que explica porque esses objetos "rápidos e antigos" do halo e do disco espesso só estão sendo descobertos agora.
Acredita-se que haja cerca de 70 bilhões de anãs marrons no disco fino da Galáxia. O disco espesso e o halo ocupam volumes galáticos muito maiores. Mesmo sendo somente 3% da população local, significa um grande número de anãs marrons antigas na galáxia. "Estas duas anãs marrons podem representar a ponta de um iceberg e são peças intrigantes da 'arqueologia' astronômica", disse Pinfield. "Nós só fomos capazes de encontrar esses objetos tênues no céu noturno graças ao WISE. Ao encontrarmos mais objetos como esses, estaremos descobrindo os segredos dos primórdios da Via Láctea".
Fontes: Astronomy Magazine / Royal Astronomical Society UK
Imagens: John Pinfield
03/12/13
o texto está meio confuso. .. significa que apenas 3º/ das anãs marrons foram "calculadas" e que podem ser um dos corpos mais abundantes da galáxia? ?
ResponderExcluirhaja visto que se trata de um meio-termo entre planeta-estrela. .. uma espécie de super Júpiter. .. certo? ?
e se movem-se na vertical diferentemente das demais estrelas pode haver uma nemesis por aí. .. ;)
E tem a parte de formação que talvez esteja confuso também. Diz que as anãs se formaram há mais de 10 milhões de anos quando a galáxia era jovem, como jovem em relação a essa idade de 10 milhões de anos se a terra tem mais de 4 bilhões de anos. Talvez eu tenha interpretado mal, mas me senti confuso.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEsse texto parece ser português. Quando diz dez mil milhões de anos de via láctea, devemos interpretar como 10 bilhões de anos. Infelizmente, esse tipo de texto está pipocando cada vez mais no Brasil, onde não se fala mais português e termina se tornando ininteligível e sem sentido.
ResponderExcluir