Descoberta surpreendente na Nebulosa de Orion

As formações estelares nas nuvens de gás e poeira acontecem diferente do que prevíamos

Muitas vezes, as estrelas nascem em grupos, em nuvens gigantes de gás e poeira. O estudo das Nebulosas de Orion e da Chama foram realizados utilizando o Observatório Chandra de raios-x, da NASA, e telescópios de infravermelho. Eles mostraram que o nascimento das estrelas não é tão simples como se acreditava.

Astrônomos realizaram um novo estudo sobre a Nebulosa de Orion e a Nebulosa da Chama, usando dados do Telescópio Chandra da NASA. Eles observaram que as estrelas mais externas da Nebulosa da Chama são mais velhas do que as que estão mais próximas de seu centro, o que difere de previsões mais simples de como as estrelas como o nosso Sol se formam nessas nebulosas. De acordo com os novos relatos, as estrelas do centro da Nebulosa da Chama têm cerca de 200.000 anos, enquanto que as estrelas mais externas da nebulosa têm cerca de 1,5 milhões de anos. Na Nebulosa de Orion, as estrelas mais centrais têm cerca de 1.2 milhões de anos, e as mais externas, cerca de 2 milhões de anos.

Esse estudo foi focado em regiões de grande formação estelar. A ideia mais simples dizia que as estrelas nasciam primeiramente no centro de uma nuvem de gás e poeira em colapso, quando a densidade era grande o suficiente. Mas as observações indicaram que as estrelas mais antigas não estão nas regiões centrais como se acreditava.


Existem três teorias para a nova descoberta. A primeira é que a formação de estrelas continua a ocorrer nas regiões internas. Isso pode ter acontecido porque o gás nas regiões externas de uma nuvem é mais fino e mais difuso do que nas regiões interiores. Ao longo do tempo, se a densidade for inferior a um valor limiar, onde já não pode haver um colapso para formação de estrelas, então essa formação irá cessar nas regiões mais externas, visto que as estrelas continuarão a se formar nas regiões interiores da nebulosa, onde há uma grande concentração de estrelas jovens.

Essas três imagens são da Nebulosa da Chama capturadas em diferentes comprimentos de onda.
À esquerda, em raios-x, no centro, em infravermelho, e à direita, uma imagem composta em raios-x e infravermelho.
Créditos: Chandra X-Ray Observatory.
Clique na imagem para ampliar

Outra sugestão é que as estrelas mais velhas se afastaram da região central dessas nebulosas, ou então, foram expulsas por interações gravitacionais com outras estrelas. Outra probabilidade é que as estrelas jovens são formadas em filamentos maciços de gás, que caem em direção ao centro do aglomerado.

Muitas estrelas das nebulosas não podem ser vistas com telescópios comuns, que captam somente a luz visível, isso porque muitas delas são obscurecidas por poeira e gás da formação estelar. Já os telescópios que observam a emissão de raios-x conseguem ultrapassar essas barreiras, e obter uma imagem mais detalhada da população local de estrelas.

A pesquisa utilizou dados do telescópio de raios-x Chandra para determinar as massas das estrelas. Em seguida, dados do telescópio Spitzer mostraram o quão brilhante eram essas estrelas, com auxilio do telescópio 2MASS e do Telescópio Infravermelho do Reino Unido. Combinando essas informações com modelos teóricos, as idades das estrelas puderam ser estimadas.


Fonte: Dailygalaxy
Imagens: Chandra / NASA
13/05/14

Encontre o site Galeria do Meteorito no FacebookTwitter e Google+, e fique em dia com o Universo Astronômico.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

19 comentários:

  1. Mas não vejo dificuldade de entender isso... É óbvio que as regiões externas tendo menos material, seja um lugar menos propício para geração das estrelas... Não é verdade??

    ResponderExcluir
  2. Acho que tu não entendeu Gilberto, isso não explica o fato das estrelas nas extremidades serem mais velhas.
    Se o centro é mais denso então teria que acumular energia com mais facilidade .

    ResponderExcluir
  3. Bom, quando li as primeiras partes que informou sobre estrelas externas serem mais antigas, logo me veio a cabeça que elas nasceram no centro e foram expulsas por causa da força gravitacional de outras estrelas. Aí abaixo mostra a mesma teoria que eu pensei.
    Creio que seja a mais aceitável.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Foi a primeira coisa que pensei. Parece o certo, pelo menos pra mim. Pois qualquer coisa no espaço teria movimento livre e qualquer força exercida seria dominante. Ate mesmo a força da fusão que a estrela gera poderia desencadear um movimento retilíneo para fora do centro. Me corrijam se meu pensamento está errado. Mas para mim, parece o 'mais lógico' a se pensar.

      Excluir
  4. Mas qual estrela estaria atraindo essas que nasceram na nebulosa de Órion para fora dela? Teria que ser enorme para ter um campo gravitacional tão forte, pelo menos os astrônomos eram para citar uma dessas estrelas que está atraindo para fora as que nascem na nebulosa. Acho que essa teoria de elas serem expulsas é mentira, se bem que é a mais plausível no meu ponto de vista.

    ResponderExcluir
  5. Sou leigo, mas e se pudesse ter ocorrido que as estrelas mais externas se formaram, e como acompanhavam o giro da nebulosa, " varreram" as camadas externas, e depois o material restante se concentrou novamente entre elas, ganharam energia vinda delas, e contribuiram para o aparecimento das mais novas no novo centro. Muito absurdo?

    ResponderExcluir
  6. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  7. Já ouvi falar na nebulosa de Órion, quantos anos liz e seu papel.no espaço de formação de estrelas, mas não ouvi falar da nebulosa da chama e gostaria de saber há quantos anos luz ela se fica da terra?

    ResponderExcluir
  8. Já ouvi falar na nebulosa de Órion, quantos anos liz e seu papel.no espaço de formação de estrelas, mas não ouvi falar da nebulosa da chama e gostaria de saber há quantos anos luz ela se fica da terra?

    ResponderExcluir
  9. O Sol tem uma idade estimada em 4,5 bilhões de anos, e está muito distante de qualquer estrela ou nebulosa. Essas estrelas que se formam na Nebulosa, tendem a se afastar como o Sol e formarem um sistema planetário próprio e se afastarem também das outras estrelas vizinhas devido a interações gravitacionais similares às que fazem a Terra girar em torno do Sol. Segundo Kepler, os planetas percorrem uma órbita elíptica em torno do Sol, e quando se aproximam, sua velocidade de translação aumenta proporcionalmente a essa distância.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não sou astrônomo mas leio muito a respeito, as pessoas estão se interessando cada vez mais por esse assunto.

      Excluir
    2. É muito interessante observar a distância dessas nebulosas em anos luz, 1400 anos luz equivale ao que já aconteceu há 1400 anos atrás.

      Excluir
  10. não podemos data quanto tempo exite as estrelas ou o sol pois a unica coisa que consegui medir o tempo e o aço carbono com previsão de 70 anos e logo homem algum viajou milhares de anos atras.portanto não acredito mais acredito que cristo voltara por la convido todos a estudar mais as sagradas escrituras e ela aumentara os seus conhecimentos não mi leve a mau por meus pesamentos serem diferentes

    ResponderExcluir
  11. não podemos data quanto tempo exite as estrelas ou o sol pois a unica coisa que consegui medir o tempo e o aço carbono com previsão de 70 anos e logo homem algum viajou milhares de anos atras.portanto não acredito mais acredito que cristo voltara por la convido todos a estudar mais as sagradas escrituras e ela aumentara os seus conhecimentos não mi leve a mau por meus pesamentos serem diferentes

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pensamentos? Pensando bem, talvez este seja mesmo o nome apropriado.

      Excluir
  12. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  13. Provavelmente essas estrelas tiveram suas origens no centro da nebulosa e foram expulsas por outro evento,até mesmo pela ação da força gravitacional de outra estrela.

    ResponderExcluir
  14. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.