Astrônomos do Laboratório Planetário Virtual da Universidade de Washington criaram uma maneira de comparar exoplanetas, e classificá-los, a fim de diferenciar qual (ou quais) dos milhares descobertos merece uma inspeção profunda em busca de vida extraterrestre.
A nova métrica ganhou o nome de "Índice de Habitabilidade de Planetas em Trânsito", e foi aceito para publicação na renomada revista The Astrophysical Journal. Os responsáveis pelo novo estudo são os professores de astronomia Rory Barnes e Victoria Meadows, com ajuda da assistente de pesquisa e co-autora Nicole Evans.
"Basicamente nós desenvolvemos uma maneira de agrupar todos os dados observacionais disponíveis e desenvolver um esquema de priorização", disse Barnes. "Assim, à medida que avançamos na classificação, chegará um momento em que teremos apenas 100 alvos potenciais, e poderemos dizer, 'OK, é aqui que devemos começar as buscas."
O telescópio espacial Kepler permitiu aos astrônomos detectar milhares de exoplanetas (planetas fora do Sistema Solar). E pra continuar esse trabalho com maestria, o Telescópio Espacial James Webb, previsto para lançamento em 2018, aumentará drasticamente a nossa capacidade de busca por vida, já que será o primeiro equipamento capaz de medir a composição da atmosfera de um exoplaneta rochoso, e realmente encontrar uma possível Terra 2.0, por exemplo.
Comparação entre os telescópios espaciais Hubble (esquerda) e James Webb (direita). Ao lado do homem,
podemos ver o tamanho dos espelhos primários de cada telescópio.
Créditos: divulgação
podemos ver o tamanho dos espelhos primários de cada telescópio.
Créditos: divulgação
Uma dos métodos mais utilizados na detecção de exoplanetas é o chamado trânsito planetário, onde um objeto é detectado quando ele passa na frente de sua estrela hospedeira, fazendo com que ela perca luminosidade por ter sido eclipsada. O Transiting Exoplanet Survey Satellite, ou TESS, está programado para lançamento em 2017 e vai encontrar muitos mundos desta forma. Mas é o telescópio James Webb que realmente vai ser capaz de estudar planetas de perto, em uma busca incrível pela vida.
Por outro lado, o acesso a esses telescópios é muito caro e demorado, e é justamente aí que entra o índice criado pelo Laboratório Planetário Virtual. A ferramenta ajudará os astrônomos a decidir quais planetas tem mais chances de abrigar vida, e portanto, quais terão prioridade na utilização dos limitados e caros recursos que serão concentrados em um trabalho intenso.
Uma das maneiras de saber se um exoplaneta poderia abrigar vida (da forma que conhecemos) é encontrar aqueles que encontram-se na "zona habitável" (ou zona Goldilocks), uma região em que o planeta está a uma distância não muto próxima de sua estrela, e nem muito distante... ou seja, na distância certa para que a água permaneça no estado líquido em sua superfície, o que aumenta as chances de hospedar vida. Mas até agora, este era apenas uma forma básica de saber se um planeta poderia ter ou não água líquida em sua superfície.
O novo índice é mais aprimorado, com valores diversos que podem ser introduzidos em um formulário do Laboratório Planetário Virtual, o que mostrará qual é o índice de habitabilidade em um único número, representando a probabilidade que um planeta tem de manter a água líquida em sua superfície, e portanto, as chances de abrigar vida.
Ilustração artística faz uma comparação entre o planeta Terra e o exoplaneta Kepler-452b, o mais parecido
com a Terra já encontrado. Créditos: NASA / Ames / JPL-Caltech
com a Terra já encontrado. Créditos: NASA / Ames / JPL-Caltech
O índice conta com uma variável chamada de "excentricidade-albedo degenerescência", ou seja, o equilíbrio entre o albedo de um planeta (refletividade) em conjunto com sua órbita. Funciona assim: quanto maior é o albedo de um planeta, mais luz e energia está sendo refletida para o espaço, e por isso esse planeta deveria estar em uma região mais próxima da zona habitável... já um planeta com albedo baixo, reflete uma menor quantidade de energia, o que criaria um certo efeito estufa, portanto seria mais interessante se ele estivesse mais distante de sua estrela dentro da zona habitável. Além disso, o índice também calcula a excentricidade de cada órbita, com cálculos e suposições precisas, a fim de fornecer um valor real da probabilidade de vida.
Barnes, Meadows e Evans já classificaram os planetas encontrados pelo Telescópio Espacial Kepler em suas primeiras missões, e descobriram que os melhores candidatos pára abrigar vida são aqueles planetas que recebem cerca de 60% ou 90% da radiação que a Terra recebe do Sol.
"Este passo inovador nos permite ir além do conceito de zona habitável bidimensional, e inclui várias características observáveis e fatores que afetam a habitabilidade de um planeta", disse Meadows. "O poder do índice de habitabilidade vai crescer à medida que aprendermos mais sobre exoplanetas, seja em observações ou em teorias."
Fonte: Dailygalaxy / Dailymail
Imagens: (capa-ilustração) / divulgação / NASA / Ames / JPL-Caltech
09/10/15
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O mais triste é lembrar que é impossível a humanidade habitar esses planetas pq não descobrimos ainda nem a velocidade da luz.
ResponderExcluirSabemos sim a velocidade da luz (aproximadamente 300.000 km/s). Mas não temos tecnologia para viajar a essa velocidade.
Excluirvelocidade da luz 299 792 458 m / s
ExcluirEstão se esforçando muito para achar uma possível Terra 2.0. A materia ficou muito boa! Valeu GDM!
ResponderExcluirAcredito sim que no passado fomos visitados por seres com enorme poder de cortar, levitar, escrever em pedras, etc; mas esses seres por algum motivo se foram e com eles os povos que foram testemunhas oculares do ocorrido.
ResponderExcluirPortanto tenho em minha vida o pensamento de que a humanidade espera que um dia estes seres retornem para mostrar-nos oque há ai em cima, mas cuidado, assim como os seres humanos existem os bons , como existem os maus, portanto ficaremos de todo jeito nas mãos deles, ai meu querido nós teremos que orar muito pra Deus no libertar novamente.
Ainda não temos tecnologia para saber se existe algo a mais la em cima, devido estarmos realmente olhando para o passado, quando surgir outra palavra que supere as palavras espaço-tempo ai sim veremos algo vlw.
Oi consertesa não estamos sozinhos
ResponderExcluirOi consertesa não estamos sozinhos
ResponderExcluirA única "Consertesa" que eu tenho é que o José Carlos estava sozinho nas aulas de português.
ResponderExcluirahahahhahaha
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