Usando dados da sonda Cassini (uma missão conjunta entre a NASA, a Agência Espacial Europeia e a Agência Espacial Italiana), os cientistas descobriram a primeira evidência direta para explicar as explosões energéticas na bolha magnética de Saturno.
A pesquisa foi publicada na revista Nature Physics. Essas "explosões" são produzidas em um processo conhecido como "reconexão magnética", algo bem estudado na Terra, e parte importante no Clima Espacial, na ligação dos cinturões de radiação na produção das auroras polares.
Físicos espaciais liderados pela Universidade de Lancaster, usaram dados para mostrar que a sonda Cassini passou pela região em Saturno onde a reconexão magnética estava ocorrendo, o que nunca havia sido observado.
Ilustração artística da sonda Cassini em Saturno.
Créditos: NASA / ESA / ASI
Créditos: NASA / ESA / ASI
Um dos mistérios que isso está ajudando a solucionar é a resposta do por que a bolha magnética de Saturno (magnetosfera) se livra do gás da pequena lua gelada de Saturno, Encélado. Através de jatos no seu pólo sul, esta pequena lua de 500 km de diâmetro ejeta cerca de 100 kg de água para o espaço a cada segundo.
"A água ejetada nas plumas de Encélado fica presa na magnetosfera de Saturno. Sabemos que essa água não pode ficar lá pra sempre, e até agora não fomos capazes de entender como ela é ejetada pra fora da magnetosfera de Saturno", disse Chris Arridge, principal autor do estudo.
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Os trabalhos anteriores sugeriram que a reconexão magnética não poderia permitir que todo o plasma escapasse da magnetosfera, porém, os resultados atuais mostram que isso é possível. Esses resultados também são importantes para a compreensão da magnetosfera de Júpiter, onde ocorrem processos semelhantes, e também podem ser relevantes para outros sistemas planetários, estrelas, e outros objetos astronômicos de rápida rotação.
A missão Cassini foi lançada em 15 de outubro de 1997, entrou em órbita de Saturno em 1 de julho de 2004 e continua em operação. O fim de sua missão está previsto para 2017.
Fonte: DailyGalaxy / Univsersity of Lancaster
Imagens: (capa-ilustração/NASA/JPL) / NASA / ESA / ASI
11/12/15
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Uma coisa que nunca tinha reparado, é que mesmo Encelado tendo metade do diametro de Ceres, ainda assim é um corpo bem mais esférico. A teoria de que pode haver um oceano de água liquido abaixo da superficie de Encelado, parece fazer todo sentido, por conta disso.
ResponderExcluirCapas de gelo espessas são isolantes térmicos que também produzem pressão e isolam o sistema interno do vácuo cósmico. O vapor interno, que às vezes escapa, regula a pressão na medida certa para que microorganismos bioextremófilos evoluam. Ocorre o mesmo em Tritão, Europa, Ganimedes, Oberon, Encelade e até aqui na Terra, na Antártica, a uns 20km abaixo do gelo polar. A questão é: Vamos abrir mão das armas de matança para pesquisar nosso sistema solar, de maneira construtiva e unida? Maldito seja deus. Criado pelo homem para argumentar guerras e defender causas irracionais.
ResponderExcluirA culpa então não seria dos homens em vez de vc culpar Deus !?!? e esse tipo de mentalidade que a humanidade caminha pra auto destruição, lamentável.
ResponderExcluirCorreto seria: Maldito seja o homem que inventou os malditos deuses,e que viva a Razao que extinguira com os deuses!
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