As agências espaciais de diversos países (NASA, Roscosmos, JAXA, etc...) estão buscando formas de exploração espacial, e até mesmo de ocupar o Planeta Vermelho. Mas chegar em Marte é um verdadeiro desafio para os astronautas, especialmente por conta do trajeto a ser percorrido pelo espaço. Justamente por isso, as agências espaciais investem pesado em pesquisas que têm a missão de descobrir meios reais de sobreviver às diferentes condições encontradas pelo Universo.
E em meio a uma dessas pesquisas, a Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, nos EUA, revelou uma descoberta fantástica. Trata-se de um animal que, acreditem se puder, consegue sobreviver e se reproduzir no vácuo do espaço. Os Tardigrados, conhecidos também como Tardígrados ou ursos d'água, até onde se sabe, são os únicos animais terrestres capazes de sobreviver no vácuo, sem alimentos e até sem água.
A revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" publicou uma matéria confirmando o estudo, revelando que análises do genoma dos ursos d'água mostram essa capacidade. 18% do material genético desse animal teria origem em outros organismos, como bactérias, arqueias, plantas e fungos.
Tardígrado em estado ativo. Créditos: Wikimedia Commons
Ao contrário do que muitos pensam, os tardígrados não são visíveis apenas através de microscópios, já que seu tamanho varia de 0,5 mm até 1,2 mm. Apesar do nome, os ursos d'água são pequenos invertebrados marinhos, que conseguem sobreviver a condições extremas basicamente por conta de um mecanismo de síntese proteica, onde após esgotar-se a água, proteínas especiais se organizam a fim de reabsorver proteínas e fragmentos de DNA externos.
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Além disso, tardígrados são capazes de sobreviver a temperaturas que variam desde pouco mais do que o zero absoluto até cerca de 150°C (acima do ponto de ebulição); aguentam pressão de até 6.000 atmosferas; resistem a radiação cerca de 1.000 acima do nível suportado pelo ser-humano; suportam níveis letais de raios-gama, íons pesados e plena radiação solar. Eles são verdadeiros super-heróis no quesito "sobrevivência espacial"! São praticamente os Jedis da Terra!
Ursos d'água: os animais quase imortais
Em setembro de 2007, os tardígrados foram enviados até a órbita terrestre baixa na missão FOTON-M3, e ficaram 10 dias expostos. Após serem reidratados na Terra, mais de 68% dos espécimes protegidos da radiação UV de alta-energia sobreviveram e muitos destes produziram embriões saudáveis, sendo que muitos sobreviveram à exposição direta da radiação solar.
Tardígrado sobre o musgo.
Créditos: Nicole Ottawa / Oliver Meckes / Eye of Science / Nicole Ottawa / Oliver Meckes / Eye of Science
Créditos: Nicole Ottawa / Oliver Meckes / Eye of Science / Nicole Ottawa / Oliver Meckes / Eye of Science
Em maio de 2011, alguns tardígrados foram enviados ao espaço junto a outros extremófilos na missão STS-134, no último voo do ônibus espacial Endeavour. Em novembro de 2011, eles estavam entre os organismos que seriam enviados pela Sociedade Planetária na missão russa Fobos-Grunt, como parte do projeto LIFE (Living Interplanetary Flight Experiment, ou "Experimento Vivo de Voo Interplanetário"), com destino a Fobos, um dos satélites naturais de Marte, porém o lançamento foi mal sucedido. Apesar disso, acredita-se que os tardígrados tenham sobrevivido à explosão. E aí vem a pergunta: será que eles já não estão espalhados pelo espaço?!...
Fonte: Wikipedia / NASA / Proceedings of the National Academy of Sciences
Imagens: (capa-ilustração/Galeria do Meteorito) / Wikimedia Commons
13/01/16
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Muito interessante o questionamento do final da matéria.
ResponderExcluirVerdade! Acho que as pestes das baratas também sobreviveriam a uma explosão assim kkkk
ExcluirInteressante mesmo, se a Evolução moldou-os na Terra em "apenas" 600 milhões de anos, tornando-os super assim, imaginem o que faz em bilhoes de anos!
ResponderExcluirA vida deve infestar o universo inteiro, planetas, luas, asteroides, nebulosas, qualquer poeirinha cosmica, esses extremofilos tão la, firme e forte, e é fácil de se provar isso hein, é questão de tempo!
espera sentado
ExcluirPois é, se eles talvez tenha sobrevividos a explosão e estão orbitando no espaço, em alguns milhares ou bilhares de anos estarão por toda a parte. Isso mais uma vez prova que a vida pode sempre nos surpreender, pois eu acredito que exista vida em outro planeta, mas sempre pensei que seria impossível viver em orbita no vácuo total, interessante.
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ResponderExcluirCRUZES...VOCES ME DESCULPEM, MAS......que bicho HORROROSO !!!!!!!!!!!!! DEU ATÉ MEDO ! CREDO !
ResponderExcluirnão acho isso tão interessante, até msm porque já sabemos que planetas proximos ou satélites podem sim ter algum tipo de vida minuscula, pois cada ser vivo é adaptado ao ambiente em que vive podendo muitos se adaptarem a ambientes como o espaço mais o ser humano não
ResponderExcluirAssim o ser humano parte para destruri tbm o espaço, não só a terra mas o espaço sideral infectando com bactérias da terra
ResponderExcluirAssim o ser humano parte para destruri tbm o espaço, não só a terra mas o espaço sideral infectando com bactérias da terra
ResponderExcluirInteressante, a Terra enviando vida para o espaço, isso na minha opinião é o mais natural, pois se a Terra esbanja vida de todas as formas e em todos os lugares, enquanto que ao nosso redor, até onde sabemos não encontramos nem um ser vivo. Mas se encontrássemos alguma forma de vida, ainda viva, ou fossilizada, em algum planeta, ou satélite próximos, o que garantiria que essa forma de vida não saiu da Terra em vez de cremos no contrário?
ResponderExcluirTalvez uma possível invasão a "extra-terrestre" aconteça daqui alguns milhões de anos...
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