Pense nessa situação: os primeiros colonizadores acabaram de chegar no Planeta Vermelho. As nacionalidades desses colonizadores são: estadunidense, alemã, francesa e (sejamos otimistas) brasileira... e aí? De quem é a terra? Qual país será o detentor dos direitos daquela região? Como isso seria feito.
Isso pode parecer um problema muito grande, mas justamente pensando nisso foi criado um tratado, chamado "Outer Space Treaty" (Tratado do Espaço Externo em português). E esse tratado proíbe especificamente o pedido de posse de terras de outros corpos do Sistema Solar, assim como Lua ou Marte. Por outro lado, esse tratado permite a exploração que beneficia "toda a humanidade". Alguns autores sugeriram implementar zonas compartilhadas, onde alguns países teriam o direito de uso de algumas regiões, a fim de explorar e extrair o que fosse preciso. Porém, isso ainda não está incluso, e não se sabe se um dia será...
Um novo estudo intitulado "Space Policy" (Política Espacial em português) sugere algumas regras mais profundas para essa situação. Segundo o documento, algumas regiões planetárias seriam estabelecidas antes mesmo dos seres-humanos colocarem os pés no Planeta Vermelho, e as entidades poderiam explorar e reivindicar um pedaço de terra que poderia ser usado. Qualquer disputa legal seria relatada a uma administração chamada "Mars Secretariat" (Secretariado de Marte), cujo objetivo seria atender a todos os interesses das colônias.
Ilustração artística de uma colônia em Marte. Créditos: Mars One
"É como no Tratado da Antártida, que tem uma utilização partilhada do espaço para fins de ciência", disse a autora Sara Bruhns. Segunda Sara, seria como ocorre com a região oceânica na "zona econômica exclusiva", que se localiza ao redor de cada país cercado pelo mar, que tem permissões especiais para utilizar os recursos que estão a até 200 milhas náuticas (aproximadamente 370 km) da costa.
Mas em alguns casos, um acordo mútuo não funciona como o esperado. Os autores citam o caso da Human Society International vs Kyodo Senpaku Kaisha, quando baleeiros japoneses mataram baleias na zona da Antártida que era de posse da Austrália. O Japão argumentou que a morte das baleias tinha fim científico, porém os tribunais decidiram a favor da Austrália, e o Tribunal Internacional de Justiça proibiu temporariamente os baleeiros japoneses na Antártida. O caso pode servir como exemplo para futuros embates territoriais em outros planetas.
O Tratado de Marte deve ser atualizado, e novas legislações devem entrar em jogo. Por enquanto devemos tomar o primeiro passo necessário para que qualquer Tratado Espacial seja útil: chegar pessoalmente em outro planeta.
Imagens: (capa-ilustração/Galeria do Meteorito) / Mars One
12/07/16
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Pois é né vou pega um terreno logo pra min ; )
ResponderExcluirSeria muito triste se os Estadunidenses cravassem a bandeira deles ao chegar em Marte, deveria ser uma bandeira do planeta todo ou que simbolizasse todas as nações.
ResponderExcluirSe até mesmo os ingleses, no primeiro sinal de crise migratória na Europa, aproveitou a deixa para abandonar a União Européia, como esperar um gesto de união vindo dos EUA, um dos países que mais segrega do que integra?
ExcluirAcho que na época da lua havia a corrida espacial. Fazia mais sentido cravar a bandeira americana. Hoje, acredito que haveria um simbolismo diferente na conquista de Marte.
ExcluirSai fora retardado comunista!
ExcluirPois é Rony Furtado, mas vai tentar explicar pra eles sobre isso... eles tem muito orgulho de seu poderio(e eles tem uma certa razão) mas o material Nióbio que é usado pra dar proteção térmica às naves, são tudo Br, o Canadá tem pouco disso!
ResponderExcluirOra pois... fabricamus as melhores naus dos mares ora pois... pelo meninhos uma fatia de Marte é nossa ora pois! Quem fará o vinho verde? Quem cultivará a Oliva de Santa Eugênia da Corredeirinha, pá? E Trás-os-Montes? Dá pra criar galinha leigorn? Precisamus de cana de açúcar e café ora pois! O ruim é que Marte não tem nativas de tanguinha tal como o Brasil em 1500 ora pois! Maria da Riveira! Não vamus mais. Navegaire em Marte sem água é como bebeire vinho sem álcool pá! Frio pra burro e todo vermelho. Não Quero mais ora pois! Esta Coire não combina com Setúbal Futebol Clube pá! Fizemus 4 gols em 2016. Os 4 contra! GENTE... se borramos para chegar a Lua com uma tecnologiazinha chuá e pensamos em dividir Marte politicamente. É triste ser humano!!!
ResponderExcluirConcordo!
ExcluirEI EI EI EI!!! Se dividirem plamisfericamente Jútiter, a mancha vermelha é minhaaaaaaa
ResponderExcluirMas aquilo é um anticiclone cujo tamanho é maior que a própria Terra.
ExcluirDivisão? E se já houver um governo galático com sua política e suas leis? Quem disse que os terráqueos podem sair ocupando os outros planetas?
ResponderExcluirtouche!
Excluirdeixa aos aloprados à alopração interplanetária.. . acham que é só chegar e ir ocupando e destruindo como aqui. .. há! Quem viver verá! 😲
Ué, mas os caras não entraram em contato. Se forem contra, que se manifestem.
ExcluirConcordo!
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNem bem pisamos num planeta e já há um conjunto de regras, postulados, secretarias e organizações julgadoras de recursos para as políticas espaciais. Tudo isso me soa extremamente Vogon!!
ResponderExcluirQuem disse que o universo e de vocês ou ate mesmo um planeta! Nem a terra e sua..
ResponderExcluirRidículo. Como alguém pode firmar tratado sobre algo que não tem a posse? Se um dia alguém pisar em Marte e se estabelecer então ela sim passará a legislar. Países não podem, por tratado, reivindicar corpos celestes mas nada impede que Companhias como a antiga WIC possam. Até mesmo uma pessoa poderia reinvidicar a posse. Já pensou? Imperador de Marte!! A questão é ter força militar para amparar esse direito.
ResponderExcluirRidículo. Como alguém pode firmar tratado sobre algo que não tem a posse? Se um dia alguém pisar em Marte e se estabelecer então ela sim passará a legislar. Países não podem, por tratado, reivindicar corpos celestes mas nada impede que Companhias como a antiga WIC possam. Até mesmo uma pessoa poderia reinvidicar a posse. Já pensou? Imperador de Marte!! A questão é ter força militar para amparar esse direito.
ResponderExcluirSerá de quem lá chegar e tiver condições de manter a posse desenvolvendo aqueles sertões.
ResponderExcluirSerá de quem lá chegar e tiver condições de manter a posse desenvolvendo aqueles sertões.
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