Eles estão por toda parte! Desde os pequenos, com poucos metros de largura, até os mais assustadores, com quilômetros de diâmetro. E até agora, os cientistas nunca tiveram a oportunidade de testar nossa tecnologia, a fim de entender se podemos de fato, evitar uma colisão de um grande asteroide. Mas essa história está prestes a mudar com a missão ARM (Asteroid Redirect Mission).
No final de 2021, a NASA pretende lançar uma sonda robótica em direção a um asteroide próximo da Terra. O alvo até o momento é o asteroide chamado 2008 EV5, que tem um diâmetro de 400 metros. Mas ainda não se tem certeza se este será mesmo o asteroide utilizado na missão.
Ilustração artística da sonda da missão ARM, da NASA.
Créditos: NASA
Ao chegar no asteroide, a sonda irá arrancar uma parte de sua crosta, e depois, orbitar o asteroide junto com os destroços, investigando a estratégia de uma potencial deflexão, conhecida como "trator de gravidade aumentada". O método de tração por gravidade utiliza o campo gravitacional da própria sonda para retirar o asteroide de sua trajetória, o que pode levar décadas; já o efeito de "tração por gravidade aumentada" faz com que a sonda tenha um reforço, ou seja, sua gravidade se torna maior, por conta da adição de rochas do próprio asteroide.
Posteriormente, a sonda vai retornar à Terra, e se tudo der certo, colocar a rocha espacial de 400 metros orbitando a Lua. Os astronautas a bordo da cápsula Orion, da NASA, irão então visitar o asteroide roubado, segundo funcionários da agência espacial. Parece impossível?! Confira a animação com um breve resumo de toda a missão:
A missão já custou 1.25 bilhões de dólares, e deve ser usada para aprimorar a tecnologia necessária para enviar humanos até o planeta Marte, o que deve acontecer em meados de 2030. Mas claro, acima de tudo, a missão ARM servirá como um teste, mostrando se estamos ou não preparados para evitar uma colisão catastrófica.
Enquanto asteroides menores podem causar grandes danos em uma escala local, especialistas acreditam que rochas espaciais com mais de 1 km representam uma ameaça para toda a vida na Terra, especialmente para a raça humana. Os cientistas acreditam que pelo menos 90% desses grandes asteroides próximos da Terra já foram encontrados, e de todos eles, nenhum representa uma ameaça para o futuro previsível. Mas e os outros 10%?
A tração gravitacional não é a única forma de se evitar a colisão de um asteroide. Rochas espaciais perigosas também podem ser abatidas (em teoria) através do método de "pêndulo cinético", que nada mais é do que colisões seguidas de diversas naves espaciais. E segundo alguns pesquisadores, ainda existe uma forma um tanto intimidadora, que seria usada como último recurso caso todos os outros métodos não tenham funcionado ou se não houver tempo para tal. Esse método seria lançar uma ou mais bombas atômicas para explodir o asteroide, o que em alguns casos poderia até piorar a situação: caso o asteroide estivesse muito próximo, e se dividisse em várias partes, algumas delas ainda poderiam permanecer em rota de colisão com a Terra, criando diversas colisões potencialmente mais danosas...
Imagens: (capa-ilustração:NASA/ARM) / NASA / divulgação
22/09/16
Gostou da nossa matéria?
Curta nossa página no Facebook
para ver muito mais!
Encontre o site Galeria do Meteorito no Facebook, Twitter e Google+, e fique em dia com o Universo Astronômico.
A lua orbita a terra,se colocar uma rocha de 400mts para orbitar a lua,ela possivelmente não poderia ser atraída pela gravidade terrestre?
ResponderExcluiré só colocar numa orbita em que a gravidade da lua seja bem maior que a da terra.. a lua não sai da sua orbita em torno da terra exatamente por isso
Excluir