A sonda robótica Curiosity, da NASA, "deu de cara" com uma estranha rocha metálica do tamanho de uma maçã. Sua cor cinza praticamente brilhava em meio as rochas alaranjadas do solo marciano. Não havia dúvida de que aquilo era um meteorito.
Para decifrar a origem da estranha rocha, a sonda Curiosity utilizou seu laser para analisar a composição química do objeto, e os testes revelaram que trata-se de uma rocha espacial de ferro e níquel que caiu na superfície do Planeta Vermelho. A NASA deu um apelido carinhoso para o meteorito: "Egg Rock", ou "Rocha de Ovo" em português.
Close-up do meteorito encontrado em Marte pela sonda Cuirosity em 30 de outubro de 2016.
Créditos: NASA / JPL / LANL / CNES / IRAP / LPGNantes / CNRS / IAS / MSSS
Meteoritos como esse já foram descobertos diversas vezes, tanto na Terra quanto em Marte, mas essa é a primeira vez que a sonda Curiosity utilizou seu espectrômetro a laser, chamado "ChemCam", para analisar a origem de um meteorito.
Um laser com 'poderes especiais'
O instrumento ChemCam funciona ao emitir pulsos de laser na direção do objeto de interesse. Quando o objeto é atingido pelo laser, os elétrons ao redor dos átomos são estimulados, e emitem luz em vários níveis de onda, ou de cores, dependendo de seus elementos. Ao analisar a luz emitida pelos objetos, a sonda Curiosity consegue determinar precisamente de quais elementos o objeto é composto.
Essa estranha rocha espacial é feita de ferro, níquel e fósforo, além de alguns outros elementos traços, o que fez os cientistas terem a certeza de que trata-se realmente de um meteorito (origem espacial). Meteoritos com essa composição têm origem no núcleo derretido de asteroides.
Meteorito encontrado em 2014 pela sonda Curiosity, junto a um outro fragmento menor ao seu lado.
A rocha principal tem cerca de 2 metros, e foi nomeada Lebanon.
Créditos: NASA / JPL / MSSS
"Meteoritos de ferro nos provam que muitos asteroides se fragmentaram, e pedaços de seu núcleo vieram parar na Terra e em Marte", disse Horton Newsom, membro da equipe responsável pelo instrumento ChemCam.
Os cientistas responsáveis pela missão Curiosity (que já custou mais de 2,5 bilhões de dólares) notaram o meteorito no dia 30 de outubro de 2016, ao analisar fotos feitas pela câmera MastCam, acoplada a sonda. "O aspecto escuro e liso dessa rocha quase esférica atraiu a atenção dos cientistas", disse Pierre-Yves Meslin, membro da equipe do ChemCam.
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O rover Curiosity se deparou com o meteorito em uma área chamada Formações de Murray, nas regiões baixas do Monte Sharp. A sonda continuará explorando a mesma área como parte de uma missão estendida, para compreender como o ambiente marciano mudou ao longo do tempo, e descobrir de uma vez por todas se de fato o Planeta Vermelho já abrigou vida no passado.
Imagens: (capa-NASA/JPL/MSSS) / NASA / JPL / LANL / CNES / IRAP / LPGNantes / CNRS / IAS / MSSS
18/11/16
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Fascinante, ChemCham, um espectrometro dentro de um robô incrível, 2,5 bi de dólares não é nada diante do passo enorme da humanidade!
ResponderExcluirDa-lhe EUA...enquanto isso, no Brasil, jovens que não sabem nem o que é átomo invadem escolas e amaldiçoam a besta capitalista! Da-lhe Lula, PT, PMDB e seu legado para a humanidade, esses sim é que são abençoados! Amém
nao se pode acreditar, no que essa nasa publica.tao querendo mostrar que estao muito adiante.
ResponderExcluirnao se pode acreditar, no que essa nasa publica.tao querendo mostrar que estao muito adiante.
ResponderExcluirO governo que não dá uma educação de qualidade às pessoas e são elas que invadem às escolas sem ao menos saber o que é um àtomo ? Isso que se chama a verdadeira inversão de valores. Aliás, o que tem a ver um programa espacial americano com a questão política-educacional do Brasil ? Meus Deus do céu kkkkkkkkk
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirConcordo com a critica de Tim Tomes, quantos bilhões foram investidos na nossa educação nos ultimos anos? Se brincar chega perto de trilhões nos ultimos 2 anos, mais quanto desse dinheiro todo foi desviado? Acho que uns 75% mais ou menos. Em diversos ou todos país há corrupção, mais aqui no Brasil é imoral. Se uma boa parde dessa grana fosse veridica pra nossa educação, com certeza nosso quadro seia outro. Pois temos ótimos estudantes astronômico, só que a maioria tem que ir pra outros países, pq aqui não temos equipamentos de verdade, só no papel.
ResponderExcluirIr uma parte desse dinheiro pra educação no Brasil, até onde eu sei a Nasa é americana e sem qualquer vinculo com o Brasil. Essa colocação que vcs insistem em fazer só faria sentido se a Nasa fosse brasileira e com o mesmo gasto descrito na matéria.
ExcluirDelanilson meu caro, você não entendeu a comparação inteligentemente posta com desdém e sentido real. Enquanto a nasa investe em ciência,(com o dinheiro deles), nós desviamos dos cofres públicos o nosso dinheiro, que deveria ser investido em educação, que é de péssima qualidade. É apenas uma comparação. Não que os Estados Unidos não tenha corrupção, mas lá certamente o dinheiro é pelo menos 85% investido, aqui é 85% roubado. Provas? Olha o Anthony Garotinho....só ele como exemplo, e...multiplique isso pela quantidade de congressistas e governadores. Me aponte um correto, nem precisa ser um santo. Valeu
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