De vez em quando, os operadores da missão Curiosity, da NASA, fazem pausas em suas buscas pelo terreno marciano por conta de tempestades de areia, caminhos sinuosos ou pedras perigosas, e enquanto esperam por uma oportunidade de locomoção, eles apontam os olhos robóticos do rover para o céu, e observam a passagem das nuvens.
E foi exatamente isso que aconteceu no dia 17 de julho de 2017, quando a Câmera de Navegação da sonda (Navcam) capturou uma sequência de imagens das nuvens marcianas e seus movimentos pelo céu.
O primeiro clipe, feito logo pela manhã, mostra nuvens finas se descolando da esquerda para a direita, passando bem acima da sonda.
No segundo clipe, a câmera da sonda foi apontada para a linha do horizonte sul, revelando uma fina camada de nuvens sobrevoando as colinas.
As nuvens marcianas que são mostradas nos vídeos parecem muito com as nuvens da Terra. Segundo a NASA, essas imagens mostram as nuvens de forma mais clara já vista até agora pelo rover Curiosity.
Cada sequência é composta por oito imagens tomadas ao longo de um intervalo de 4 minutos. As imagens foram processadas para ajustar as diferentes tonalidades de cor e brilho, e assim facilitar a visualização das nuvens. No site da NASA também é possível ver as mesmas imagens antes do processamento, quando as nuvens não eram facilmente visíveis.
Apesar desse tipo de observação não ser o intuito principal da missão Curiosity, a observação das nuvens marcianas revela detalhes interessantes e muito importantes sobre o clima do Planeta Vermelho.
Graças a essas observações, os cientistas entenderam como funciona parte do clima marciano. Quando Marte está mais perto do Sol, por exemplo, o calor gerado pela nossa estrela cria tempestades de areia que impedem a formação das nuvens. Já quando Marte se afasta do Sol, sua superfície fica mais fria, e as nuvens começam a se formar com mais frequência. Nos polos, as nuvens são compostas por dióxido de carbono congelado, e próximo ao equador, elas são formadas por gelo de água.
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Os vídeos registrados durante essa observação (acima) mostram o segundo tipo de nuvem - as nuvens cirrus - compostas por gelo de água, assim como as nuvens encontradas na Terra.
Imagens: (capa-NASA/divulgação) / NASA / JPL / Curiosity
17/08/17
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