Essa é a melhor imagem que temos de uma estrela até agora!

melhor imagem de uma estrela já feita até hoje
Ao observar Antares, astrônomos conseguiram registrar a melhor imagem já feita de uma estrela além do Sol!


Quando uma estrela fica sem suprimento de hidrogênio para realizar a fusão nuclear que dá origem ao hélio, elas saem da fase de "sequência principal" e entram na fase conhecida como "Gigante Vermelha". Nessa nova fase, as estrelas se expandem em dezenas de vezes seu tamanho original, além de se tornarem menos brilhantes e mais frias.

E foi exatamente uma dessas estrelas que uma equipe de astrônomos mapeou recentemente, através do Interferômetro de Telescópio do ESO, o VLTI: a Super Gigante Vermelha Antares! Com isso, os astrônomos conseguiram criar o mapa mais detalhado de uma estrela que não o Sol.



As imagens também revelam detalhes surpreendentes e inesperados dessa super gigante, o que está ajudando os astrônomos a entender melhor a dinâmica e a evolução das estrelas desse tipo.

O estudo liderado por Keiichi Ohnaka, professor associado ao Instituto deAstronomia UCN, no Chile, foi divulgado na revista Nature, e teve como objetivo principal traçar a forma como as estrelas entram na fase de gigante vermelha, e quais são as principais mudanças. O VLTI é um observatório perfeitamente indicado para esse tipo de tarefa, pois ele é capaz de combinar a luz de quatro diferentes telescópios, criando um telescópio virtual equivalente a uma lente de 200 metros de abertura.

Antares - a melhor imagem de uma estrela
Essa é a melhor imagem já registrada de qualquer estrela além do Sol.
Créditos: ESO

Isso permite ao VLTI resolver detalhes finos muito além do que pode ser visto com um único telescópio. Como o Prof. Ohnaka explicou em uma recente declaração da imprensa ESO:

"Estrelas como Antares perdem massa rapidamente na fase final de sua evolução, e isso tem sido um problema há mais de meio século", disse o professor Ohnaka. "O VLTI é a única instalação que pode medir diretamente os movimentos de gás da grande atmosfera de Antares - um passo crucial para esclarecer esse problema. O próximo desafio é identificar o que está dirigindo os movimentos turbulentos."




A equipe conseguiu calcular a diferença entre a velocidade do gás atmosférico em diferentes locais na superfície de Antares, bem como sua velocidade média em toda a superfície. Isso resultou em um mapa de velocidade bidimensional de Antares, que é o primeiro mapa criado de outra estrela que não o Sol. Conforme observado, também é o mapa mais detalhado de qualquer estrela além da nossa.


O estudo também fez algumas descobertas interessantes sobre o que ocorre na superfície de Antares e na sua atmosfera. Por exemplo, eles encontraram evidências de surgimentos de gás de alta velocidade que atingiram distâncias de até 1,7 raios solares no espaço - muito mais longe do que se pensava anteriormente. Isso, segundo eles, não poderia ser explicado apenas pela convecção, o processo pelo qual o material frio se move para baixo e o material quente para cima em um padrão circular.




Este processo ocorre na atmosfera da Terra e nas correntes oceânicas, mas também é responsável por movimentar bolsões de gás mais quente e frio ao redor das estrelas. O fato de que a convecção não pode explicar o comportamento da atmosfera prolongada de Antares sugere, portanto, que um processo novo e não identificado comum às estrelas gigantes vermelhas deve ser o responsável.

A equipe do ESO criou uma animação 3D de Antares que vale muito a pena ser conferida:


Esses resultados oferecem novas oportunidades de pesquisa sobre a evolução estelar, o que é possível graças aos instrumentos da próxima geração, como o VTLI.

"No futuro, esta técnica de observação pode ser aplicada a diferentes tipos de estrelas para estudar suas superfícies e atmosferas, com uma revelação de detalhes sem precedentes", disse Ohnaka. "Isso foi limitado apenas ao Sol até agora. Nosso trabalho traz astrofísica estelar a uma nova dimensão e abre uma janela inteiramente nova para observar as estrelas."




Pesquisas desse tipo não apenas melhoram a nossa compreensão das estrelas além do Sistema Solar, mas também nos dão dicas de como será o comportamento no nosso Sol quando ele sair da fase de sequência principal e começar a se expandir, tornando-se uma gigante vermelha. Embora isso irá acontecer apenas em alguns bilhões de anos, é importante entender como funcionam as estrelas no geral, e assim, conhecer um pouco mais sobre a mecânica do Universo.


Imagens: (capa-ESO) / ESO / Nature
28/08/17


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7 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    Respostas
    1. Antares esta a 500 anos luz da terra,é bem possível que ela já teria explodido,um dia saberemos.

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  2. Existe mais no universo do que se ACHA,fato.Inclusive outras VÁRIAS formas de vidas inteligente, mais do que a nossa BURROS ignorantes que fazem guerra matando os habitantes daqui dessa Merda de Terra..machistas, Nazistas etc...ou seja só lixo.

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  3. ....o choque de uma ou várias estrelas é muito mais comum e esperado do que se pensa , as nebulosas e suas variadíssimas formas dão testemunho disso .....a explosão de uma estrela por si só acredito ser bem mais rara , e geraria padrões parecidos e de pequenas dimensões ao seu redor , acredto ser bem mais rara , .....geralmente a explosão por atividade própria de uma estrela , atinge limites próximos à sua rota , no caso do sol , é provável que o conturão de sedimentos do sistema solar , localizado depois de Plutão , chamado cinturão de OORT é esse limite das explosões possíveis do sol .....no caso de Antares , seria talvez um pouco maior que nuvem de poeira cósmica amarelada que vemos , e talvez bem maior pois pouco sabemos ....

    ....usando-se os conceitos de Física sobre eletricidade , podemos analisar os movimentos astronômicos com muito mais precisão ....."dois elétrons em movimento , ou seja , duas correntes elétricas , no mesmo sentido se atraem , e em sentidos opostos se repelem" .....assim acontece na astronomia ....( Unificação da Ciência ).
    ......me perguntem mais se interessa .....

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  4. .....a interação dos campos magnéticos dos corpos em movimento , geram as forças que moldam o Espaço no transcorrer do Tempo ....

    .....Espaço - Tempo - Movimento .
    .....seria difícil imaginar algo que existe e não se locomove no Espaço .
    .....seria então o centro do Universo ?

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    1. Em contra senso ao que a razão nos impõe, sinto-me como se fosse o centro do universo. Calma, a seguir explico:

      - no feriado de carnaval de 1987, madrugada, no sul do rio grande do sul, vi a luz da supernova. Parecia um farol de um automóvel no meio das coxilhas.Ao caminhar para verificar quem era ou o que era, vi aquela luz na direção do sul, alto mais ou menos 20 graus. Ela durou alguns dias. Depois li nos jornais sobre o fenômeno.

      O interessante dessa história é que aquela luz viajou 160 mil anos até ser vista por mim! Vivemos cerca de 80 anos - lamentável viver tão pouco!
      Assim pouquíssimos eventos astronomicos de grande porte iremos perceber em nosso tempo... a nossa efemeridade nos deixa completamente estáticos diante da grandeza universal.

      Essa nossa implacável limitação no tempo e no espaço é que nos faz sentir, ainda, como se fóssemos o centro do universo!!

      Intermente, um abraço universal!

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  5. .....astronomia + pinga é igual a ?

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