Uma equipe de pesquisadores podem ter descoberto os primeiros exemplares de buracos negros em aglomerados globulares, em nossa própria galáxia.
"Os buracos negros em aglomerados globulares podem ser uma maneira deles atraírem uns aos outros o suficiente para fundirem-se em buracos negros ainda maiores, o que pode produzir as 'ondulações no espaço-tempo', que chamamos de ondas gravitacionais", diz Tom Maccarone, professor associado de física na Texas Tech. "Tentar detectar ondas gravitacionais é um dos maiores problemas da física nos dias de hoje, porque seria a prova mais forte de se comprovar a teoria da relatividade de Einstein".
Nomeado M62-VLA1, o buraco negro foi detectado no aglomerado globular M62, há 23.000 anos-luz de distância da Terra. O aglomerado globular M62 está localizado na constelação de Ophiucus.
Os círculos amarelos mostram o possível buraco negro no aglomerado globular M62.
Os círculos vermelhos apontam uma estrela de neutrons que está próxima.
Clique na imagem par ampliar. / Créditos: Texas Tech University
Os círculos vermelhos apontam uma estrela de neutrons que está próxima.
Clique na imagem par ampliar. / Créditos: Texas Tech University
Aglomerados globulares são grandes agrupamentos de estrelas, e acredita-se que nesses aglomerados existam algumas das estrelas mais antigas do Universo. Na mesma distância do Sol para com seu vizinho mais próximo (Proxima Centauri), esses aglomerados globulares poderiam ter entre um milhão ou dezenas de milhões de estrelas.
"As estrelas podem colidir umas com as outras nesse ambiente", disse Maccarone . "A velha teoria acredita que a interação dessas estrelas expulsariam quaisquer buracos negros que se formassem alí. Eles iriam interagir uns com os outros e com isso, serem jogados para fora do aglomerado, como em um efeito de estilingue, até que todos fossem lançados pra bem longe."
Embora essa antiga teoria tenha sido deslocada, Maccarone afirma que ainda pode ser um pouco verdade. Os buracos negros podem ainda serem chutados para fora de aglomerados globulares, mas em um ritmo muito mais lento do que inicialmente se acreditava.
Em 2007, Maccarone fez a primeira descoberta de um buraco negro em um aglomerado globular na galáxia NGC4472. Mas ao invés de encontrá-lo por meio de ondas de rádio, Maccarone detectou o buraco negro através de uma emissão de raios- X a partir do gás atraído pelo buraco negro, que era aquecido até alguns milhões de graus. "É surpreendentemente mais fácil encontrá-los em outras galáxias do que em nossa própria", diz Maccarone.
Este ano, ele e sua equipe descobriram dois exemplares de aglomerados estelares globulares em nossa própria galáxia que possivelmente hospedam buracos negros, através de emissões de rádio, usando os radiotelescópios Very Large Array no Novo México.
"Como os buracos negros absorvem as estrelas ao seu redor, jatos de materiais são expelidos", disse ele. "A maioria do material cai no buraco negro, mas alguns são jogado para fora em um jato. Para ver aquele jato de material, nós olhamos para as emissões de rádio. Encontramos algumas emissões de rádio provenientes desses aglomerados globulares que não poderiam serem explicados de outra maneira".
Outros pesquisadores incluíram Laura Chomiuk e Jay Strader da Universidade de Michigan; James Miller -Jones da Universoade de Perth Curtin, Austrália; Craig Heinke da Universidade de Alberta, Canadá; Eva Noyola da Universidade do Texas; Anil Seth da Universidade de Utah, e Scott Ransom do Observatório Nacional de Rádio-Astronomia, em Charlottesville, Virginia.
Os resultados foram publicados no The Astrophysical Journal e apresentados no boletim de notícias da National Radio Astronomy.
Fonte: Texas Tech University / DailyGalaxy / The Astrophysical Journal
Imagem: M62
13/11/13
muito interessante!
ResponderExcluirEle nos "engolirá"?
ResponderExcluirse eles começarem a expandir assim provavelmente alguns sistemas solares e planetas estrelas serão engolidos,isso ocorrera daki uns 200 anos com a expanção dos buracos negros!
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