Asteróides apontam para uma caótica formação do Sistema Solar

Cientistas descobrem que o Cinturão de Asteróides é mais diversificado do que se pensava

O nosso Sistema Solar parece ser um lugar limpo, ajeitado... onde tudo está e seu devido lugar. Pequenos planetas rochosos próximos do Sol e gigantes planetas gasosos mais longe, e todos os planetas seguem seus caminhos orbitais inalterados desde que se formaram.

No entanto, a verdadeira história do Sistema Solar é um pouco mais caótica. Planetas gigantes migraram para dentro e para fora, arremessando destroços no meio interplanetário. Novas pistas deste passado tumultuado foram descobertas por conta do Cinturão de Asteróides.

"Nós descobrimos que os planetas gigantes agitaram os asteróides como em um globo de neve", disse Francesca DeMeo do Centro de Astrofísica Smithsonian de Harvard.

Milhões de asteróides circulam ao redor do Sol entre as órbitas de Marte e Júpiter, em uma região conhecida como o "Cinturão de Asteróides". Tradicionalmente, eles eram vistos como os restos de um planeta que foi impedido de se formar por conta da poderosa influência gravitacional de Júpiter.

Essa visão tradicional foi alterada desde que os astrônomos reconheceram que dentre os atuais 'habitantes' daquela região, existem muitos que não estavam lá desde a sua formação. No início da história do Sistema Solar, os planetas gigantes migravam para dentro e para fora de suas órbitas atuais. Júpiter pode ter se movido tão próximo quanto Marte nos dias atuais. Nesse processo, acredita-se que ele tenha limpado o Cinturão de Asteróides, deixando apenas cerca de 0,10% de sua massa original.

Ilustração artística mostra Júpiter alterando e varrendo a órbita
dos asteróides do cinturão principal.
Créditos: David A Aguila (CfA
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Como os planetas migraram, eles agitaram os corpos do Sistema Solar. "O Cinturão de Asteróides é um caldeirão de objetos que foram formados em diversos locais do Sistema Solar", comenta Francesca.

Usando dados do Sloan Digital Sky Survey, Francesca DeMeo e Benoit Carry do Observatório de Paris analisaram as composições de milhares de asteróides do cinturão principal. Eles descobriram que o cinturão de asteróides é mais diversificado do que se pensava anteriormente, especialmente quando analisamos os asteróides menores.

Esta descoberta tem implicações interessantes para a história da Terra. Os astrônomos têm teorizado recentemente que impactos de asteróides trouxeram a maior parte da água dos nossos oceanos. Se isso for verdade, essa 'bagunça' feita pela migração de planetas pode ter sido essencial para a vida na Terra.

Esse estudo levanta a seguinte questão: exoplanetas parecidos com a Terra também exigiriam uma chuva de asteróides para trazer água e torná-los habitáveis? Se sim, então mundos semelhantes à Terra podem ser mais raros do que pensávamos.

Fonte: Astronomy Magazine
Imagens: David A Aguilar (CfA)
04/02/14

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Um comentário:

  1. tudo tem um propósito, não existem coincidência e não existe energia ou força se uma fonte, o cinturão de asteroides é proposital.

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