Você gostaria de ter o privilégio de poder nomear uma cratera em Marte, assim como fazem os astronautas e cientistas renomados?
Bom, desde 2014 isso já é possível! Qualquer pessoa com acesso à internet e algum dinheiro pra gastar pode dar nome a uma das 500 mil crateras do Planeta Vermelho.
"Este é o primeiro mapa público de Marte, onde qualquer pessoa pode participar", disse Alan Stern, ex-chefe de ciência da NASA, pesquisador da missão New Horizons e presidente da Uwingu.
Nomear uma cratera em Marte é público, mas não gratuito. Os preços variam de 5 dólares, para crateras menores, até 5 mil dólares, para as maiores. Após concluir o pagamento, um certificado é emitido comprovando a nomeação e a inclusão do nome da cratera no banco de dados do mapa popular. Também é possível localizar as crateras já nomeadas através de um mecanismo de pesquisa.
A iniciativa foi criada pelo projeto Uwingu, que vai usar o dinheiro arrecadado para financiar pesquisas com relação a exploração espacial. Segundo a empresa, esse é o motivo principal para o projeto, que pretende arrecadar cerca de 10 milhões de dólares.
Dr. Alan Stern, astrofísico, engenheiro espacial e cientista planetário.
É o principal investigador da missão New Horizons da NASA, e já
participou como líder em vários projetos da
Agência Espacial Norte Americana.
Créditos: NASA / Dr. Alan Stern / Uwingu
É o principal investigador da missão New Horizons da NASA, e já
participou como líder em vários projetos da
Agência Espacial Norte Americana.
Créditos: NASA / Dr. Alan Stern / Uwingu
O projeto Uwingu também não busca a aprovação da UAI, que tradicionalmente autoriza os nomes "oficiais" para corpos celestes, crateras, galáxias, estrelas, etc... Em vez disso, esse novo mapa de Marte será conhecido como um "mapa popular". Stern nos lembra, por exemplo, que a Via Láctea (nome dado à nossa Galáxia), não é sancionado pela UAI, e que mesmo assim, é um nome popular usado por todos.
A UAI, por sua vez, reafirmou que esse novo mapa não será 'oficial', apesar de concordar com a inciativa de envolver as pessoas no mapeamento e de difundir a Astronomia para todo o público.
Stern espera que o esforço seja bem-sucedido na nomeação de todas as crateras de Marte, ajudando a preencher uma série de lacunas na cartografia do Planeta Vermelho. O projeto Uwingu pretende ainda solicitar nomes para montanhas e cânions, mas no momento, a nomeação está aberta somente para as crateras.
Esta não é a primeira incursão da Uwingu na nomeação de objetos celestes. O projeto também tem levantado fundos ao disponibilizar para o público a possibilidade de nomear exoplanetas e candidatos a exoplanetas.
Funcionários da UAI expressaram desaprovação desse projeto anterior, afirmando no ano passado que os esforços de nomeação de exoplanetas poderiam fazer com que as pessoas acreditassem que estavam ajudando a dar nomes oficialmente reconhecidos pela UAI. A Uwingu foi diretamente contra a posição da UAI, dizendo que o projeto buscava apena uma nomeação pública, não oficial.
Seria quase que impossível a UAI nomear as 500 mil crateras existentes no Planeta Vermelho, e segundo a Uwingu, esse mapa irá preencher essa grande lacuna. A Uwingu é formada por um grupo internacional de cientistas, astrônomos e veteranos da NASA. Segundo eles, o mapa será usado apenas pelo público no momento, mas esperam que no futuro também seja usado pelos cientistas e astrônomos, e que aos poucos, os nomes das crateras possam ser encontrados no site Wikipedia, a maior enciclopédia virtual.
As primeiras pessoas a pisarem em solo marciano também deverão utilizar o Mapa Popular de Marte. A Mars One, que deverá levar os primeiros seres-humanos ao Planeta Vermelho em 2025 em uma viagem só de ida, assinou um acordo de que o mapa utilizado na missão será o Mapa Popular de Marte, que está sendo desenvolvido pela Uwingu.
"O nosso mapa será realmente utilizado em Marte", comenta Alan Stern. "Qualquer um que contribuir com o Mapa Popular pode ter a certeza de que o nome de sua cratera será levado ao Planeta Vermelho em uma viagem histórica".
O site Galeria do Meteorito já ganhou a sua homenagem em Marte. A cratera chamada "Galeria do Meteorito" encontra-se no Mapa Popular de Marte da Uwingu em um local um tanto privilegiado: na 'subida' do Monte Olimpo (ou Olympus Mons). O Monte Olimpo é famoso não só por se tratar de um vulcão inativo no Planeta Vermelho, mas por ser o maior vulcão e montanha do Sistema Solar. Sua altura é 3 vezes maior do que a do Monte Everest, e seu diâmetro é de aproximadamente 550 quilômetros.
Para conhecer o site oficial do projeto Uwingu e quem sabe fazer a sua própria nomeação, clique aqui.
03/03/14
Encontre o site Galeria do Meteorito no Facebook, Twitter e Google+, e fique em dia com o Universo Astronômico.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQue besta '-'
ResponderExcluirAgora o "CHEVISON RODRIGUES" vai querer aplicar o Código de Defesa do Consumidor até em Marte... Chama o Russomano!!! Ou então nossa Presidenta baixa um decreto que proíbe novas quedas de Asteroides pra evitar que cratera alheia seja devastada e o consumidor não seja lesado...
ResponderExcluirfala com os advogados do fluminense que eles consegue fazer que n caia mais nenhum meteoro na sua cratera chervison
ResponderExcluirO ruim é que não é uma nomeação oficial. Imagina gastar 2.500 dólares numa cratera bem visível e seu nome não aparecer nos mapas de marte.
ResponderExcluir550.000km???
ResponderExcluirA Terra tem menos de 10% do tamanho da cratera? Tá errado isso aí
O correto seria 550 km. Já corrigimos o erro! Obrigado Roberto! Abraços!
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