Apesar de ser um local que nunca foi visitado pelo ser-humano, Marte soa muito familiar. Conhecemos suas características desde pequenos, e hoje em dia, sondas e robôs feitos por nós estão sempre dando umas voltas por lá e nos enviando fotos e informações. Mas boa parte de suas semelhanças param por aí. Suas paisagens até lembram os desertos do planeta Terra, mas o clima por lá é bem mais frio e seco. O Sol nasce e se põe diariamente no Planeta Vermelho, porém, sua luz é bem mais fraca... e até mesmo a poeira de sua atmosfera é um tanto inesperada, como foi recentemente descoberto por uma equipe internacional de pesquisadores.
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Lançada no dia 02 de junho de 2003, a sonda Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA), está em órbita ao redor de Marte há mais de uma década, estudando o terreno do Planeta Vermelho, composição e atmosfera. Recentemente, no início do verão do hemisfério norte de Marte, a sonda ficou em sua fina atmosfera e seu espectrômetro SPICAM pôde fornecer uma visão detalhada de suas camadas de poeira. Usando esses dados, os pesquisadores em Moscou e em Paris determinaram que as partículas de poeira na atmosfera de Marte têm basicamente dois tamanhos: pequeno e grande.
A grande variedade é composta de água gelada e pedaços menores de pó, enquanto que as pequenas partículas aerosol são consideravelmente minúsculas. E mesmo que Marte seja um lugar muito empoeirado (com bastante gelo), a quantidade de poeira que você veria em sua atmosfera ainda é bem menor do que, provavelmente, você veria na sala de sua casa onde você está sentado(a) agora. Ainda assim, mesmo essa quantidade relativamente escassa é capaz de conduzir a produção de cristais de gelo na atmosfera marciana, formando nuvens e afetando o clima em todo o planeta.
Embora os dois tamanhos de partículas foram vistos sobre ambos os hemisférios norte e sul, a camada de partículas finas do hemisfério norte fica abaixo de 30 ou 40 km, enquanto que no hemisfério sul essa mesma camada pode se estender até 70 km.
O que é interessante sobre estes resultados é que eles indicam que devem haver processos em Marte que reabasteçam as partículas de poeira na atmosfera superior, como as menores partículas tendem a agrupar-se para formar grupos maiores. Acredita-se que os "dust devils" (colunas de ar quente que podem subir dezenas de quilômetros acima da superfície) podem injetar partículas mais finas na atmosfera marciana.
A pesquisa foi publicada na revista Icarus.
Fonte: DNews
Imagem: NASA / JPL
04/07/14
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Quanto mais o homem busca por novos lares, seja por via de sondas ou robôs, mais ele percebe que aqui (nosso planeta), é o único lugar onde ele pode viver sua era... Claro, se ele tomar conta que quanto mais nossa espécie evoluir, desbravar e criar, mais ele estará degradando nosso lar, usando recursos naturais que são LIMITADOS!
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