Os cientistas descobriram uma estrutura semelhante a uma estranha célula microbiana dentro de um meteorito marciano, porém, eles não afirmam que seja uma evidência concreta de vida marciana.
Os pesquisadores descobriram uma estrutura microscópica oval dentro do meteorito Nakhla. Esse meteorito de origem marciana caiu na Terra, mais precisamente no Egito, em 1911. A aparência da estrutura é intrigante, mas é mais provável que tenha se formado através de processos geológicos em vez de processos biológicos, disseram os membros da equipe.
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"A análise de possíveis cenários bióticos para a origem da estrutura oval em Nakhla atualmente carece de qualquer tipo de evidência convincente", escrevem os cientistas em um novo estudo publicado este mês na revista Astrobiology. "Portanto, com base nos dados disponíveis que obtivemos sobre a natureza desta estrutura oval em Nakhla, podemos concluir que a explicação mais razoável, porém incerta, para a sua origem é que tenha se formado através de processos abióticos."
Imagem microscópica de uma misteriosa estrutura oval no meteorito marciano Nakhla.
Créditos: Elias Chatzitheodoridis / Sarah Haigh / Ian Lyon
Créditos: Elias Chatzitheodoridis / Sarah Haigh / Ian Lyon
A estrutura tem cerca de 80 mícrons de comprimento por 60 mícrons de largura, sendo muito maior do que a maioria das bactérias terrestres e do tamanho médio dos micróbios eucariotas. A equipe está confiante de que a estranha estrutura é nativa do meteorito e não o resultado de contaminação terrestre.
Os cientistas estudaram a "estrutura tipo celular" utilizando diferentes técnicas através de microscópios, raiox-s e espectrometria de massa. Os pesquisadores acreditam que a formação da estrutura oval tenha se originado quando materiais preencheram uma bolha de vapor na rocha, porém, não descartam a possibilidade de que formas de vida marciana tenham algo a ver com essa estranha estrutura, disseram membros da equipe.
"De qualquer modo, para confirmar que a estrutura tenha ligação direta com a vida marciana, precisaríamos de mais pesquisas e descobertas", comenta Elias Chatzitheodoridis da Universidade Técnica Nacional de Atenas, na Grécia.
Luz transmitida de photomicrograph da estrutura oval encontrada no meteorito de Nakhla.
Créditos: Elias Chatzitheodoridis / Sarah Haigh / Ian Lyon
Créditos: Elias Chatzitheodoridis / Sarah Haigh / Ian Lyon
"Se essa estrutura oval no meteorito de Nakhla é ou não uma evidência de vida em Marte, o estudo desse meteorito pode ajudar os pesquisadores a entender melhor o passado do Planeta Vermelho, e quem sabe, até mesmo seu presente", diz Elias.
Apesar de não encontrarem evidências diretas de vida microbiana marciana, eles também não encontraram nada que descarte essa possibilidade. Dentro do meteorito foram descobertos minerais que são essenciais para a vida, o que suporta a idéia de que Marte já foi no mínimo habitável no passado.
O documento afirma que "embora não haja evidências convincentes para dizer que essa estrutura seja evidência de vida, podemos perceber que o subsolo marciano contém ambientes e nichos onde a vida poderia se desenvolver."
Fonte: Space
Imagens: Elias Chatzitheodoridis / Sarah Haigh / Ian Lyon
22/08/14
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A pareidolia microscópica, nada mais
ResponderExcluirSim, na própria notícia diz isso. O título é sensacionalista.
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