Até parece uma corrida espacial! Após sua jornada de 10 meses, a sonda norte-americana MAVEN (Mars Atmosphere and Volatile EvolutioN) chegou na órbita de Marte no último dia 21 de setembro, em uma missão que tentará entender porque o antigo úmido e quente Planeta Vermelho se transformou no deserto inóspito e árido que conhecemos atualmente.
E não pára por aí! Logo atrás, em seu vácuo (literalmente), está chegando a sonda indiana MOM (Mars Orbiter Mission). Se tudo correr conforme planejado, a primeira sonda indiana de exploração marciana deverá chegar em sua órbita no dia 24 de setembro às 07h41 do horário indiano.
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Assim como MAVEN, a nave espacial MOM estudará a atmosfera marciana, como também analisará sua morfologia e mineralogia.
A sonda MOM, que é informalmente chamada de Mangalyaan (nave marciana em sânscrito) representa não só a primeira missão indiana à Marte como também a primeira missão interplanetária do país. MOM que custou cerca de 74 milhões de dólares, foi planejada, construída e está sendo operada pela ISRO (Organização de Pesquisas Espaciais Indiana). Se tudo der certo, a ISRO se tornará a quarta agência espacial a alcançar o famoso Planeta Vermelho, logo após a Rússia (Programa Espacial Soviético), EUA (NASA), e Europa (ESA).
Ilustração artística da nave espacial indiana Mars Orbiter Mission (MOM) enquanto orbita o planeta Marte. Créditos: ISRO
Mas como a própria agência espacial indiana informou, a missão MOM tem um objetivo muito maior do que estudar detalhes de Marte. Ela tem o intuito principal de mostrar que a Índia possui um programa espacial consistente, além de ser capaz de realizar lançamentos de foguetes e de desenvolver tecnologias necessárias para planejar e operar missões interplanetárias. A Índia pretende consagrar sua capacidade de realizar missões, manobras e comunicações através do espaço, e assim, colocar sua agência espacial no hall das maiores do mundo, como a norte-americana, a européia, a japonesa e a russa.
Já a missão de 671 milhões de dólares, a MAVEN da NASA, deverá explorar a alta atmosfera do Planeta Vermelho, assim como sua ionosfera e suas interações com o vento solar. Os instrumentos a bordo da sonda MAVEN, como magnetômetros, espectrômetros e sensores de partículas de ventos solares deverão proporcionar um ótimo entendimento sobre como ocorrem as interações dos ventos solares e das ejeções de massa coronal com o Planeta Vermelho.
Ilustração artística mostra a nave espacial MAVEN da NASA na órbita de Marte. Créditos: NASA / GSPF
E pra começar com o pé direito, ou melhor, com o propulsor direito, a nave espacial irá observar a grande aproximação que o cometa Siding Spring fará com Marte. Esse grande encontro acontecerá no próximo dia 19 de outubro, quando o cometa chegará a apenas 132.000 km do planeta, e claro, transmitiremos uma cobertura ao vivo aqui em nosso site.
A duração da missão MAVEN será de 1 ano, enquanto que a missão indiana MOM deverá operar por cerca de 6 meses. E vale lembrar que além dessas, existem outras sondas orbitando Marte (Odyssey, MRO e MARS EXPRESS), além de dois robôs que encontram-se na superfície do Planeta Vermelho neste exato momento (Opportunity e Curiosity).
Com toda essa exploração, podemos dizer que, além de nosso vizinho, Marte já é um companheiro íntimo. Só nos resta esperar que essa grande "amizade" traga bons frutos, e muito conhecimento.
Imagens: Ilustração de capa (Richard Cardial) / NASA / GSFC / ISRO
23/09/14
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Seja Bem-Vindo, Índia!
ResponderExcluirPor mim podia demorar até dez anos pra chegar ate Marte desde que faça algo util
ResponderExcluirO intuito desta missão da índia e se aparecer com a rápida chegada até marte vai estudar nada...