Algo muito especial aconteceu no dia 15 de outubro de 2014, chamando a atenção dos nordestinos e de todo o país. Por volta das 22h19, um clarão repentino tomou conta dos céus de Pernambuco, Ceará, Paraíba, Sergipe e Rio Grande do Norte.
Mas o que para muitos foi tratado como mistério, para a sociedade astronômica trata-se de um evento muito bem conhecido, e até mesmo esperado. O clarão visto no nordeste nesse dia 15 de outubro marca o início da Chuva de Meteoros Orionídeas, um evento que ocorre todos os anos entre os dias 14 e 29 de outubro, quando a Terra passa pelo rastro de detritos deixados pelo cometa Halley.
Meteoros riscam o céu todos os dias, mas não com tamanha intensidade. Quando o detrito espacial tem um tamanho maior do que uma bola de tênis, eles criam meteoros mais intensos, as chamadas bolas de fogo.
Esse fenômeno que ocorreu no nordeste é bem parecido com o famoso meteoro de Chelyabinsk, ocorrido na Rússia em 2013. Mas diferente do evento nos céus da Rússia, não houve relatos ou indícios de que essa rocha espacial tenha atingido o solo. Outra bola de fogo também foi vista na mesma semana nos céus dos EUA [bola de fogo risca céus dos EUA], e assim como essa que ocorreu no Brasil, ela também está associada a Chuva de Meteoros Orionídeas, ou seja, a detritos do cometa Halley.
O clarão foi visto a partir de vários estados do nordeste brasileiro. Observadores do Pernambuco foram os mais privilegiados, e o fenômeno foi muito comentado nas redes sociais. Além disso, câmeras de vigilância também registraram vídeos do grande clarão nos céus.
Neste segundo vídeo, um astrônomo representante da Sociedade Astronômica do Recife explica o fenômeno ocorrido, e confirma que o bólido faz parte da anual Chuva de Meteoros Orionídeas.
Bolas de fogo que riscam o céu são resultados de pequenas rochas espaciais que queimam ao entrarem na atmosfera terrestre, Diferente do espaço, quando elas encontram a nossa atmosfera elas são freadas pelo atrito do ar, e com isso, criam os meteoros, popularmente conhecidos como "estrelas cadentes". Quando a rocha espacial é maior do que uma bola de tênis, elas não criam apenas riscos brilhantes, mas sim bolas de fogo. Quanto maior for o tamanho dessa rocha espacial, maior será a chance dela resistir a queima da atmosfera e acabar atingindo o solo. Especialistas acreditam que pra que isso aconteça, esses detritos devem ter um tamanho mínimo de cerca de 1 metro de diâmetro.
A Chuva de Meteoros Orionídeas acontece entre os dias 14 e 29 de outubro, e o pico dessa chuva é entre os dias 20 e 22, quando elas ganham a maior intensidade. Nessas datas, espera-se que cerca de 20 ou 30 meteoros risquem o céu a cada hora.
E se o céu estiver nublado, não se preocupe! Você poderá assistir a transmissão ao vivo da Chuva de Meteoros Orionídeas aqui mesmo em nosso site, todos os anos. Fiquem ligados!
Imagem: (capa-ilustração)
Vídeos: YouTube / divulgação
16/10/14
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Eu saquei esse cara,tava na frente de casa e realmente é um espetáculo fascinante,Praticamente a noite quase virou dia.A região daqui é litorânea e um pouco escura o que deu maior visibilidade!..Confesso porém,que o que esse camarada tem de demasiada beleza ele tem de assustador,mas agora eu sei pq esses pedregulhos estão nos visitando com muita frequência nos últimos dias,coisa que era difícil de se ver tantos eventos parecidos com esses por aqui.No mas,se uma rocha dessa for um pouco mais avantajada podemos dizer que>NOSSA ATMOSFERA NÃO SUPORTARÁ E NÓS SERVIREMOS DE STRIKE?
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