Um recente estudo do projeto SETI (Pesquisa de Inteligência Extraterrestre) verificou 86 candidatos (possíveis planetas extraterrestres) no campo visível do Observatório Kepler, e os pesquisadores buscaram por sinais de rádio que poderiam revelar a presença de uma civilização inteligente em nossa galáxia.
O meio interestelar (o gás e a poeira entre as estrelas) pode espalhar as emissões de rádio que viajam através desses materiais, causando um atraso que poderia fornecer uma estimativa aproximada de distância, e assim, permitir o rastreamento das possíveis comunicações. Segundo especialistas, uma civilização alienígena poderia até utilizar um pulsar para sinalização, que pode ser facilmente detectado em uma pesquisa desse tipo.
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As pesquisas foram concluídas, mas nenhum sinal de rádio foi detectado. Por outro lado, o estudo surpreendeu em outro quesito: ele identificou objetos ainda mais promissores para as observações usando o Telescópio Green Bank, nos EUA.
"As 86 estrelas que analisamos foram escolhidas por hospedarem planetas descobertos em 2011, com propriedades que poderiam ser propícias para o desenvolvimento da vida", disse Abhimat Gautam, da Universidade da Califórnia, em Berkeley.
Radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico, utilizado nas pesquisas do projeto SETI.
Créditos: Wikimedia commons
Créditos: Wikimedia commons
Gautam, que recentemente completou seu último ano de graduação senior na Universidade da Califórnia, em Berkeley, fez parte do Centro de Pesquisa do SETI, e apresentou os resultados na reunião de verão 224 da Sociedade Astronômica Internacional, em Boston, nos EUA.
Em 2011, Kepler tinha revelado 1.235 candidatos planetários, e desde 31 de dezembro de 2014, esse número subiu para 4.183, com 996 deles já confirmados como planetas. Gautam trabalhou com Andrew Siemion e outros cientistas do Centro de Pesquisas SETI, a fim de selecionar 86 candidatos a planetas que tiveram temperaturas de superfície entre -50 até 100 °C (um raio três vez menor que o da Terra), e um período orbital de mais de 50 dias.
Essas condições colocam esses objetos dentro da zona habitável em torno de suas estrelas, que é a região onde a água líquida pode existir na superfície, e consequentemente, um planeta onde a vida seria capaz de existir e se desenvolver. Se ela existe, ainda não há evidências... e se ela será detectada, só o tempo dirá....
Fonte: Astrobiology Mag / Space
Imagens: NASA / Ames / JPL-Caltech
06/01/15
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