Cinco mundos rochosos que têm 80% da idade do Universo foram descobertos, o que sugere que planetas do tamanho da Terra têm sido uma característica existente desde o início da Via Láctea.
Os exoplanetas descobertos têm 11,2 bilhões de anos de idade, e orbitam a estrela Kepler -444, que por sua vez é 25% menor do que o Sol e se encontra a 117 anos-luz da Terra. Todos os mundos têm o tamanho do planeta Vênus, ou um pouco menores e são rochosos. Além disso, os cientistas não sabem mais nada sobre sua composição.
Todos os 5 planetas extrassolares completam uma órbita ao redor da estrela-mãe em menos de 10 dias, o que sugere uma temperatura muito quente para suportar a vida como a conhecemos. O mais empolgante na verdade é que essa descoberta sugere a existência de outros sistemas planetários que podem ser mais hospitaleiros para a vida, afinal, "agora os cientistas sabem que planetas como a Terra vêm se formando ao longo de mais de 13,8 bilhões de anos, o que poderá criar condições para a existência de vida antiga nas galáxias, sobretudo na Via Láctea", comenta Tiago Campante, da Universidade de Birmingham, na Inglaterra.
Tiago Campante e seus colegas descobriram Kepler -444 e seus cinco planetas após analisar dados recolhidos pelo Telescópio Espacial Kepler, que opera na busca por planetas que orbitam outras estrelas que não o Sol. As pequenas quedas de brilho causadas quando eles passam na frente da estrela revelam sua existência. Como comparação, o Sistema Solar se formou a cerca de 4,6 bilhões de anos atrás.
Concepção artística da estrela Kepler-444 e seus cinco planeta rochosos. Créditos: Tiago Campante / Peter Devine
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O Telescópio Espacial Kepler também pode medir a mudança de brilho causada por ondas sonoras dentro das estrelas, que afetam sua luminosidade e temperatura. O estudo dessas oscilações naturais é uma estratégia conhecida como Sismologia, que também ajuda os cientistas a determinar o tamanho, a massa e a idade de uma estrela. A Sismologia surgiu há cerca de 20 anos, e antes só podia ser usada com o Sol e algumas estrelas muito brilhantes, mas graças ao Kepler, essa técnica pode ser usada com milhares de estrelas, literalmente.
Com essa técnica, os cientistas puderam medir com precisão o tamanho da estrela Kepler -444, e portanto, o tamanho de seus planetas. O menor deles é um pouco maior d que Mercúrio, e seu tamanho foi medido com uma precisão incrível, de apenas cerca de 100 km.
A missão Kepler de 600 milhões de dólares, foi lançada em março de 2009, e sua tarefa é ajudar os cientistas a determinar qual a frequência e a ocorrência de planetas semelhantes a Terra ao longo da Via Láctea. A sonda já descobriu mais de 1.000 exoplanetas até hoje, e já temos mais de 3.000 corpos candidatos, que precisam ser estudados com mais detalhes para termos certeza se realmente são planetas.
A missão original de Kepler terminou oficialmente em maio de 2013, após uma falha em um de seus sistemas de orientação, porém, os cientistas continuam usando seus instrumentos para observações. Agora, Kepler está operando a missão K2, que além da busca por exoplanetas, também inclui observações de outros objetos e fenômenos cósmicos.
Fonte: Space / The Astrophysical Journal / Kepler / NASA
Imagens: (capa-ilustração) / Tiago Campante / Peter Devine
03/02/15
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Eu quero que exista vida em outro lugar além do nosso. Agora que os cientistas sabem quanto tempo leva para um planeta abrigar vida extraterrestre, Fica obvio procurar planetas desse tipo. Nós estamos indo cada vez mas longe, E que não falta pouco para descobrirmos vida em outro planeta.
ResponderExcluirEstamos falando de um sistema solar que tem mais que o dobro de idade do nosso, quem garante que já houve vida em um determinado tempo, e com o passar dos anos, se aproximou demais de sua estrela no qual se extinguiu a vida.
ExcluirNão vão acreditar. Tava eu meu pai e minhas duas irmãs indo para casa de um parente hoje de noite eu acho que era nove e pouco da noite e eu olhei para o céu e vi uma luz azul e vermelho, hoje não dava para ver as estrelas e a lua. Eu chamei meu pai para ver e a luz ia de um lado para o outro, cima para baixo, meu pai disse que era um avião e eu responde que não era um avião porque aviões não voam dessa maneira. O objeto tava dentro das nuvens e sua luz azul brilhava mais um pouco de que a luz vermelha. Isso foi muito incrível e uma experiência boa. Era surreal.
ResponderExcluirEram naves dos habitantes de Kepler-444-f
ExcluirCara foi muito bonito de se ver serio... !!!!
ExcluirPor favor, dá para a equipe do site resumir a forma com que mede-se a idade de uma estrela pelas suas características físicas sismológicas? É bom lembrar que a Terra é 1 bilhão de anos mais nova que o Sol. Naturalmente os planetas de K 444 são mais novos que sua estrela, certo?
ResponderExcluirOs cientistas costumam medir a idade de uma estrela ao observar a quantidade de hidrogênio que ela possui... quanto mais nova, mais hidrogênio ela terá... e isso é percebido com a espectroscopia. E sim, os planetas são sempre mais novos do que as estrelas, pois eles se formam com os restos da estrela, o disco ao seu redor.... um grande abraço!
ExcluirSó um adendo: uma estrela pode sim ter um planeta mais velho do que ela, e isso pode acontecer quando um planeta errante (que vaga pelo espaço por algum motivo) é capturado pela força gravitacional dessa estrela... nesse caso, o planeta pode sim ser mais velho do que ela... ;)
ExcluirMas,sendo tão velha,como é que essa estrela ainda não "morreu"?? Ela é uma anã vermelha que pode viver 1 trilhão de anos ou mais? :)
ResponderExcluirMas,sendo tão velha,como é que essa estrela ainda não "morreu"?? Ela é uma anã vermelha que pode viver 1 trilhão de anos ou mais? :)
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