A descoberta de um exoplaneta estranho que orbita uma pequena estrela fria a 500 anos-luz de distância é um verdadeiro desafio na compreensão de como os planetas se formam. "Nós encontramos uma pequena estrela, com um planeta gigante do tamanho de Júpiter que orbita muito perto dela", disse o pesquisador George Zhou da Escola de Pesquisa de Astrofísica e Astronomia da Universidade Nacional da Austrália. "Ele deve ter se formado mais longe da estrela, e com o passar do tempo, migrado para uma órbita mais próxima, mas até agora, as nossas teorias não conseguem explicar como isso aconteceu".
Nas últimas duas décadas, mais de 1.800 planetas extra-solares (ou exoplanetas) foram descobertos fora do nosso Sistema Solar, orbitando em torno de outras estrelas. A estrela hospedeira do último exoplaneta, HATS-6 (também conhecida como MASS 05523523-1901539), é classificada como uma anã M, um dos mais numerosos tipos de estrelas na Galáxia. Embora sejam comuns, estrelas anãs-M são frias e difíceis de serem observadas, o que as torna objetos pouco compreendidos.
A estrela HATS-6 emite apenas um vigésimo da luz do nosso Sol, e mesmo assim, os astrônomos conseguiram detectar uma diferença sutil em seu brilho, e foi aí que seu planeta foi descoberto. O mais incrível é que tudo isso foi observado por pequenos telescópios robóticos e também o telescópio de Siding Spring, do Observatório ANU.
Observatório Siding Spring, Austrália. Créditos: Fred Kamphues
Para confirmar que aquele sinal realmente tratava-se de um planeta, e não apenas de algum tipo de atividade estelar, o Dr. Bayliss pediu ajuda para um dos maiores telescópios do mundo, o Magellan Telescope, no Chile, além da ajuda de um astrônomo amador, TG Tan, que opera a partir de seu quintal, em Perth, na Austrália.
"O astrônomo TG Tan tem sido muito útil em nossos projetos. Ele foi capaz de registrar o trânsito do planeta, depois que ele já havia se posto em nosso horizonte", disse Zhou.
Observações subsequentes do telescópio chileno, e espectros retirados do telescópio ANU de 2,3 metros em Siding Spring, confirmaram que o planeta, designado HATS-6b, orbita sua estrela hospedeira a uma distância assustadora de apenas um décimo da distância de Mercúrio para o Sol, completando uma órbita a cada 3,3 dias.
"O planeta tem uma massa semelhante a de Saturno, mas seu raio é semelhante ao de Júpiter. Como sua estrela-mãe é muito fria, ela não aquece o planeta consideravelmente, o que é muito diferente de tudo que conhecemos até agora", disse Zhou. "A atmosfera desse incrível planeta será um alvo interessante para ser estudada no futuro".
A descoberta teve ajuda de um grupo internacional de astrônomos australianos, chilenos, alemães, húngaros e estadunidenses, e somente com o apoio de vários países, foi possível descobrir e catalogar mais um planeta fora do nosso Sistema Solar, e diga-se de passagem, um tipo bastante intrigante...
Fonte: DailyGalaxy / Australian National University /
Imagens: (capa-ilustração) / Fred Kamphues
05/05/15
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Teria este planeta sido capturado pela gravidade da estela e depois migrado para uma micro-órbita muito próxima a ela? E aqui no Hemisfério Sul? Só a Austrália e o Chile se envolvem? Cadê a inteligência verde-amarela????? Engraçado... para militares, armas e corrupção política sobra dinheiro... para um observatório de 2,3m nunca tem. Vamos nos mudar para um planeta onde não há tantos impostos e carga tributária? Ordem e progresso aonde? Nossa bandeira é ficção-científica. Ewww.
ResponderExcluirAté entendo sua revolta e também concordo com você. Porém quem disse que não temos observatório no Brasil? Só para lembrar, o Brasil participou da montagem do observatório SOAR no Chile, e vários cientistas brasileiros trabalham por lá. Aqui você encontra uma lista de vários observatórios que temos no Brasil:
Excluirhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_observat%C3%B3rios_astron%C3%B4micos_do_Brasil
Mais uma predição acertada pelo modelo astronomico da Matrix/DNA Theory. A explicação esta aqui: http://theuniversalmatrix.com/pt-br/artigos/?p=9225. Abraços...
ResponderExcluirÉ a estrela que orbita em torno do planeta e nao o contrario, como aqui.
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