A Terra está entrando em uma zona de vento solar instável, com polaridade negativa nos campos magnéticos que favorecem tempestades geomagnéticas. Distúrbios de classe G1 (menor) são possíveis nas próximas horas, uma vez que nosso planeta se move mais profundamente na região de turbulência. Observadores do céu de alta latitude devem estar alertas para auroras polares entre as noites de 18 e 19 de novembro.
A origem da tempestade solar
Os cientistas que monitoram o clima espacial estavam de olho em um grande filamento circular de magnetismo na superfície do Sol, que no dia 15 de novembro entrou em erupção, lançando uma tinta escura para o espaço. Pouco depois, uma Ejeção de Massa Coronal (EMC) foi observada:
Modelos feitos pela NOAA sugerem que a EMC deve atingir o campo magnético da Terra no dia 19 de novembro, e há uma chance de que tempestades geomagnéticas polares ocorram assim que a EMC chegar.
Na verdade, a chegada da EMC pode ser o segundo golpe. A Região de Interação Circular (CIR na sigla em inglês) também deve atingir a Terra entre 18 e 19 de novembro. CIRs são zonas de transição entre fluxos de vento solar rápidos e lentos. O plasma do vento solar se acumula nessas regiões, produzindo ondas de choque de grande intensidade, o que pode produzir intensas auroras boreais.
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O duplo impacto (da CIR e da EMC) pode produzir uma tempestade geomagnética de classe G1 (menor) ou G2 (moderada), além de auroras brilhantes ao redor do Círculo Polar Ártico. Observadores que se localizam próximos dos pólos devem ficar atentos para observar as belas luzes coloridas no céu: um espetáculo a parte! Blecautes de rádio e interferências maiores não são esperadas.
Fiquem atentos. Traremos mais informações a qualquer momento.
ATUALIZAÇÃO - 20/NOV - 12h30
A tempestade geomagnética menor realmente chegou, e o resultado foram auroras brilhantes, que tomaram conta dos céus da região do Círculo Polar Ártico. Na Islândia não foi diferente, e o astrofotógrafo Runólfur registrou o magnífico espetáculo:
Auroras boreais registradas em Hornafjörður, na Islândia.
Créditos: Runólfur Hauksson
Créditos: Runólfur Hauksson
Auroras polares ainda podem surgir nos céus próximos dos pólos, porém, as estimativas é que a intensidade caia nos próximos dias. A atividade solar é muito baixa no momento. Há apenas duas manchas solares voltadas pra Terra, e nenhuma delas tem o tipo de campo magnético instável que abriga energia para fortes explosões. Os meteorologistas da NOAA estimam que as chances de uma explosão solar de classe M ou X para as próximas 48 horas é de apenas 1%.
Fonte: NOAA
Imagens: (capa-divulgação/NASA/JPL) / NOAA / SOHO
19/11/15
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Interessante essa informação e mais interessante ainda é você observar no videpo após os segundos como há sujeira espacial ou outros corpos errantes perdidos pelo espaço!
ResponderExcluirTavmém vi isso, muitos meteoros e satélites tambem podem ter sido aqueles risquinhos =)
ExcluirMatéria Excelente!
ResponderExcluirMuito obrigado Diego! Obrigado por sempre participar do site! Um grande abraço!
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