Tempestade geomagnética atinge o Cometa Catalina (C/2013 US10)

tempestade geomagnética - cometa catalina
Você já imaginou que cometas também sofriam com as tormentas solares?


A Terra não é o único lugar com tempestades geomagnéticas. Os cometas (por incrível que pareça) também são sensíveis as tempestades solares. No dia 11 de dezembro, o fotógrafo Michael Jäger registrou o Cometa Catalina (C/2013 US10), e pra sua surpresa, ele testemunhou a interação de uma explosão solar na cauda azul de íons do famoso cometa.

Na imagem feita em Jauerling, na Áustria, podemos facilmente ver as bolhas de plasma (circuladas) na grande cauda do Cometa Catalina:

Cometa Catalina tempestade
Créditos: Michael Jäger

Essas bolhas são sinais de um clima espacial tempestuoso. Observadores de cometas freqüentemente testemunham as bolhas de plasma esculpidas pelos ventos solares, resultado de intensas Ejeções de Massa Coronal (EMC) liberadas pelo Sol. Em casos extremos, a cauda de um cometa pode ser completamente arrancada! Pra sorte do "Catalina", não foi isso que aconteceu...

A física desse evento é semelhante aquela que explica as tempestades geomagnéticas terrestres. Quando os campos magnéticos em torno de um cometa colidem com os campos magnéticos dirigidos pela EMC, eles podem se unir ou se "reconectar". A explosão resultante de energia magnética pode fazer ondas, gotas, ou até mesmo rupturas na cauda de um cometa. Quando essas Ejeções de Massa Coronal atingem a Terra, um processo semelhante ocorre na magnetosfera do nosso planeta, e um dos resultados são as magníficas auroras polares!




No dia 07 de dezembro, tivemos uma transmissão ao vivo do Cometa Catalina aqui mesmo em nosso site, e pudemos observar imagens (ao vivo) de tirar o fôlego!

Você também pode fazer suas próprias observações do belíssimo Cometa Catalina, afinal ele pode ser observado através de telescópios! Pra saber como encontrá-lo utilizando cartas celestes precisas, clique aqui.

O cometa Catalina não é um cometa periódico, o que significa que ele não passará por aqui novamente. O Cometa Catalina deve deixar a região planetária até 2050, mas segundo os especialistas, há uma pequena chance de que ele passe próximo do nosso planeta mais uma vez dentro de alguns milhões de anos...






Fonte: Spaceweather / Minor Planet Center
Imagens: (capa-Michael Jäger) / Michael Jäger / divulgação
14/12/15

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3 comentários:

  1. Show de fotos!! Mas... peraí: GEO se refere à Terra. GEOmagnético é o fenômeno na Terra e o cometa é outro corpo celeste que fica fora da Terra. Então o termo é COMETOmagnética? Não é GEO. Cuidem. GEO é Terra em latim? E cometa? Acho que vão ter que refazer o termo... Mas tal fenômeno na cabeça dos cometas produz uma outra cauda (grifo meu) espetacular! Lindas fotos! Quais as datas para ser visto tal cometa no SUL do Brasil?

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    1. Verdade! Bem lembrado! Teremos que inventar um termo... "tempestade cometomagnética" ficou interessante :) O cometa em questão já pode ser visto, acredito que até o dia 20... na matéria consta o link para as cartas celestes que ajudam bastante na observação! Um grande abraço!

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  2. Porque a cauda está para um lado e as bolhas para outro se a cauda é causada por ventos solares???

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