Antes de seu impacto controlado na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, a sonda Rosetta, da Agência Espacial Europeia (ESA), teve oportunidade de estudar o ambiente de gás, poeira e plasma que encontra-se bem próximo de sua superfície. A confirmação do fim da missão pôde ser acompanhada ao vivo, aqui mesmo em nosso site. Ela chegou ao centro de operações em Darmstadt, na Alemanha, ás 11:19 UTC, do dia 30 de setembro.
Além de analisar dados importantes sobre o ambiente superficial do cometa, a sonda Rosetta registrou imagens em alta reslução. Um belíssimo exemplo, divulgado pela ESA pouco tempo após seu recebimento, mostra a superfície do cometa 67P/C-G a uma altitude de 16 quilômetros. A imagem foi foi feita pela câmera grande angular OSIRIS, no dia 30 de setembro, pouco tempo antes do impacto controlado. A resolução da foto é de aproximadamente 30 cm por pixel, e abrange uma área de 614 metros de diâmetro.
Superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko fotografada por Rosetta, a uma altitude de 16 km.
Créditos: ESA /Rosetta / MPS / UPD / LAM / IAA / SSO / INTA / UPM / DASP / IDA
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Outro registro fascinante foi feito a apenas 20 metros de altitude. Trata-se da última imagem feita pela sonda Rosetta antes de cair na superfície do cometa. Ela mostra uma área de 2,4 metros de diâmetro, e sua resolução é de 5 mm por pixel.
Última foto da sonda Rosetta antes do impacto, feita a apenas 20 metros de altitude.
Créditos: ESA /Rosetta / MPS / UPD / LAM / IAA / SSO / INTA / UPM / DASP / IDA
A decisão de terminar a missão com a queda da sonda na superfície do cometa se deu porque ambos estão se distanciando para uma região além da órbita de Júpiter, o que dificulta a recarga das baterias da sonda, que por sua vez depende de energia solar.
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A missão Rosetta, da ESA, foi lançada em 2004, e chegou ao cometa 67P/C-G em 6 de agosto de 2014. Em 4 de novembro de 2014, uma sonda menor, chamada Philae, se desprendeu da nave mãe e foi em direção a superfície do cometa. Deveria ser um pouso controlado, mas infelizmente os arpões não funcionaram corretamente, o que fez Philae ricochetear diversas vezes antes de se estabilizar no solo. Ainda assim, os controladores da missão conseguiram receber diversas imagens feitas pela sonda Philae, o que contribuiu para descobertas sem precedentes sobre os cometas.
Cometas são cápsulas do tempo, que contém material primitivo da época em que o Sol e seus planetas estavam em formação. Rosetta foi a primeira e, até o momento, a única sonda a presenciar de perto as mudanças de um cometa conforme ele se aproxima do Sol. Entender os cometas é compreender a origem e a evolução do nosso Sistema Solar, e nesse quesito, a missão Rosetta desempenhou um papel importantíssimo para toda a humanidade.
Imagens: (capa-ilustração/ESA) / ESA /Rosetta / MPS / UPD / LAM / IAA / SSO / INTA / UPM / DASP / IDA
30/09/16
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