Viagem a Marte pode danificar seu cérebro profundamente, revelam cientistas

viagem a marte pode danificar cérebro
Os cientistas já acreditavam que a radiação espacial poderia causar danos cerebrais, mas agora eles têm indícios concretos...


Onde você estava quando os primeiros astronautas pisaram em Marte? A resposta a essa pergunta será lembrada por todos aqueles que estiverem vivos para testemunhar um evento tão histórico, mas os próprios astronautas dessa viagem poderiam ter um grande problema para responder essa questão...

Um novo estudo publicado da revista Nature alerta para a possibilidade do que eles chamam de "space brain" ou "cérebro espacial" em português, que seria um comprometimento cognitivo ou mesmo demência, como resultado da radiação cósmica que bombardearia o cérebro após um voo espacial prolongado. Além dos diversos danos à saúde que os astronautas já enfrentam, os resultados desse estudo mostram mais um grande perigo que os viajantes espaciais terão de enfrentar numa missão a Marte.

Mas o quê exatamente poderia acontecer com o cérebro de um astronauta após ser bombardeado durante cerca de 2,5 anos, por partículas carregadas altamente energéticas?

Marte - sonda Viking 1 - NASA
A tênue atmosfera de Marte vista pela sonda Viking 1, em 31 de dezembro de 1975.
Créditos: NASA

Exposições prolongadas podem levar a uma série de complicações potenciais, como um considerável "decréscimo de desempenho, déficits de memória, ansiedade, depressão além de prejudicar a tomada de decisões", de acordo com o co-autor Charles Limoli da Universidade da Califórnia - Irvine (UCI).




Para realizar o estudo, uma equipe de radiologistas da UCI expôs roedores a irradiação de partículas carregadas (oxigênio totalmente ionizado e titânio) no Laboratório de Radiação Espacial da NASA. Em seguida, os animais foram submetidos a uma varredura cerebral e uma série de testes comportamentais por 12 ou 24 semanas após a irradiação.

Os cientistas perceberam que mesmo seis meses após a exposição, haviam evidências de inflamação e danos nos neurônios dos cérebros dos roedores. Já no lado comportamental, a equipe notou efeitos prejudiciais da radiação de partículas carregadas, como a "extinção do medo" ou a capacidade do cérebro de suprimir situações estressantes. "Os roedores também demonstraram incapacidade de reações a determinados estímulos desagradáveis que poderiam provocar estresse elevado e ansiedade de forma desvantajosa, como em situações de emergência", disseram os pesquisadores.




Essas condições podem ser claramente problemáticas para os astronautas, não apenas no regresso à Terra, mas também durante a missão espacial", disseram os cientistas. "Deficiências em pontos de funções cognitivas trazem complicações na realização de tarefas complexas ou problemas para tomar decisões sob situações estressantes."

perdido em marte - filme
Imagem de divulgação do filme Perdido em Marte, com Matt Damon.
Créditos: 20th Century Fox / divulgação

Uma vez que os problemas do "cérebro espacial" levam apenas meses para mostrar seus sinais, os astronautas deverão ter acesso a medidas preventivas, que podem incluir soluções farmacêuticas ou de engenharia, a fim de proteger os tripulantes dos efeitos nocivos da radiação espacial.




"A exposição à radiação cósmica representa um risco neuro-cognitivo real ,e é potencialmente prejudicial para uma viagem espacial de longa duração", disseram os autores do estudo.

"Nossa exploração a novos mundos não deve ser dificultada pelo medo da exposição à radiação cósmica, mas sim inspirar esforços robustos para avançar nossa compreensão de um problema anteriormente desconhecido."






Imagens: (capa-ilustração/divulgação) / NASA / 20th Century Fox / divulgação
25/10/16


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5 comentários:

  1. Mas que beleza... Se tua cabeça ficar bem abalada, até certo comprometimento, quando voltares de Marte, filie-se a um partido político, distribua santinhos e tente este tipo de carreira; uma vez que não requer evolução de conhecimento, inteligência, aperfeiçoamento e concurso público.

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  2. pelo visto, infelizmente, o ser humano não está evoluído a ponto de se lançar e desbravar o espaço. tem que evoluir muito ainda.

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  3. Neil Armstrong, da Apolo 11, foi o primeiro a relatar que via riscos luminos, na verdade eram raios cósmicos atravessando seus olhos. Na análise posterior do seu capacete, foram enontrados rastros e os cientistas concluíram que eram causadas por parttículas subatômicas de altíssima energia, provavelmento vindas dos confins da nossa galaxia, provavelmente oriundas de explosões de supernovas. São chamadas de radiações ionizantes, ou seja, capazes de arrancar elétrons ou mesmo romper as cadeias de DNA,causando alteração cromossômica, ou mais explicitamente, gerando câncer. Não acredito em viagens interplanetárias para a nossa geração, ainda há muito a resolver em relação à proteção dos viajantes, tanto durante a viajem, quanto na desaceleração ou mesmo na aterrissagem. Mesmo as missões robóticas têm muitos problemas a serem resolvidos, um índice de 50% de missões bem sucedidas é muito baixo. Uma missão para o nosso visinho Marte hoje ou nas próximas décadas é pura ilusão, opa, ficção.

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  4. É por isso que ainda não fomos a Marte, nossa tecnologia dos dias atuais, não é suficiente para nem se quer ir a Marte.Acho que essa tecnologia de 60 anos atrás de foguetes pode até ir a Lua, mas não a Marte, tem que desenvolver outra forma de propulsão pra ir lá, em bem menos tempo.

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  5. Nao há perigo! No estúdio em que vão ficar guardados os astronautas o ar condicionado é muito bom e os efeitos luminosos serão, desta vez, bem mais convincentes.

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