Agora, os novos receptores de rádio tornarão muito mais fácil a tarefa de detectar água em outros mundos, um pré-requisito para a vida como a conhecemos. "E não será útil apenas para a observação em nosso Sistema Solar, como também para regiões distantes de nossa Galáxia", disse Leonardo Testi, Cientistas de Programas do Observatório ALMA. "Eles também permitirão que o ALMA detecte carbono ionizado no Universo primordial."
O Observatório ALMA encontra-se no Chile, a uma altitude de 5.000 metros. Ele é constituído por 66 antenas que trabalham como um único rádio telescópio, observando as ondas de rádio na extremidade de baixa energia do espectro eletromagnético. Com os novos receptores BAND 5 instalados, o ALMA ganhou uma nova visão, e poderá enxergar uma seção completamente nova do espectro de rádio.
Algumas antenas do Observatório ALMA.
Créditos: ESO / C. Malin
Clique na imagem para ampliar
Por conta de sua localização em altitude elevada (5.000 metros), será muito mais fácil detectar água em outros planetas. Como a nossa atmosfera também possui água, os observatórios localizados em ambientes baixos e não tão áridos têm uma grande dificuldade de distinguir a origem da água, se é ou não do espaço.
A grande sensibilidade junto com a alta resolução angular do ALMA fará com que, mesmo os sinais mais fracos de água no Universo local possam ser identificados neste comprimento de onda (a assinatura espectral da água fica em torno do comprimento de onda de 1.64 milímetros).
E para nos mostrar a capacidade do novo equipamento instalado no ALMA, o Observatório Europeu do Sul (ESO) disponibilizou essa imagem abaixo, que nos mostra a galáxia em colisão Arp 220 (em vermelho) por cima de uma imagem feita pelo telescópio espacial Hubble (azul e verde). Essa foi uma das primeiras imagens feitas pelo ALMA que inclui emissões de água nas galáxias.
Imagem composta do sistema Arp 220 com observações feitas pelo ALMA e pelo Hubble.
Créditos: ESO / ALMA / ESA / NAOJ / NASA / Hubble / STScI / AURA
O receptor BAND 5, criado e desenvolvido por uma universidade sueca, também já foi testado no telescópio APEX, no instrumento SEPIA. Essas observações foram vitais para identificar alvos de interesse, que posteriormente, foram observados pelo ALMA.
- 234 civilizações alienígenas podem estar tentando contato, afirmam cientistas
- Proxima b pode ser um mundo de água mais habitável do que imaginávamos
Os resultados já estão sendo compartilhados online com toda a comunidade científica internacional. "É muito emocionante ver os primeiros resultados do BAND 5 com o ALMA", disse Robert Laing, membro da equipe do ESO. "Futuramente, a alta sensibilidade e a resolução do ALMA nos permitirá fazer observações detalhadas em busca de água em uma ampla gama de objetos, incluindo a formação de estrelas, estrelas evoluídas, o meio interestelar e regiões próximas a buracos negros supermassivos."
Imagens: (capa ) / ESO / ALMA / ESA / NAOJ / NASA / Hubble / STScI / AURA
22/12/16
Gostou da nossa matéria?
Curta nossa página no Facebook
para ver muito mais!
Encontre o site Galeria do Meteorito no Facebook, YouTube, Twitter e Google+, e fique em dia com o Universo Astronômico.
Óxente! Será que a vida précisa di água mesmo? Aqui no sértão, onde tem o museu do Lampião, meio que prova ao contrário. Vamo dizê pros galegos da Suéça trazê pra cá o trambolhim que fizeram. Aqui não há água nem na atmosfera, quanto mais no chão, meu rei!! Julim Joaquim, meu fío, anda 14km a pé prá buscá água nas lata! E ums 830 daqui foram pra São Paulo trabaiá. A Tal galáxia tem água mesmo? De jegue até lá dá quanto? 30 léguas? Óia: País pobre... é dose! Vamo tratá bem a água daqui, sempre limpa e respeitada, para que possamos dispensar de vez a água alienígena. Rios, mares e lagos não são lugares para descarte da nossa suja existência pseudo-importante. Nossos filhos...
ResponderExcluir