Intensa rajada de vento solar já está atingindo a Terra

rajada de vento solar está atingindo a Terra
Após os fogos de artifício do Réveillon, o céu noturno ainda vai brilhar pra muita gente...


Como os meteorologistas espaciais já haviam previsto, hoje (dia 04 de janeiro) a Terra está sentindo a primeira rajada de um fluxo de vento solar que pode envolver o nosso planeta até o fim de semana.

Ontem à noite, o primeiro contato do vento solar fez surgir auroras brilhantes sobre a Escandinávia, como mostra a foto abaixo, feito pelo astrofotógrafo Ole Salomonsen:

auroras boreais
Auroras boreais registradas na Noruega, no dia 03 de janeiro de 2017.
Créditos: Ole Salomonsen         /         Clique na imagem para ampliar

"Eu dirigi por cerca de uma hora, e parei próximo a um rio, num lugar perfeito para observar o céu", disse Ole. "Auroras fortes dançavam sobre a cidade. Foi uma exibição fantástica."

O vento solar está fluindo de um grande buraco na atmosfera do sol. O Observatório Solar Dynamics da NASA fotografou a estrutura que estava voltada diretamente para a Terra no dia 03 de janeiro:

Buraco coronal - 03 de janeiro de 2017 - AIA 211
Buraco coronal registrado no dia 03 de janeiro de 2017, pelo instrumento AIA 211.
Créditos: Solar Dynamics Observatory / NASA

Os buracos coronais são regiões onde o campo magnético do Sol se torna mais fraco, o que permite que os ventos solares escapem.




O fluxo de vento que emergiu do buraco coronal passou pela sonda espacial STEREO-A (uma das sondas responsáveis pelo monitoramento da atividade solar). Agora chegou a vez da Terra, já que a rajada de vento solar está passando pelo nosso planeta.

Quem estiver próximo aos polos norte e sul devem ficar atentos para tempestade geomagnéticas de classe G1 e auroras brilhantes nas próximas noites.




Segundo os meteorologistas da NOAA, há uma chance de 60% a 65% de ocorrerem tempestades geomagnéticas polares entre os dias 4 e 5 de janeiro, enquanto o fluxo de vento solar atinge o nosso campo magnético. Já no restante do planeta, os efeitos não serão intensos, e apenas pequenas interrupções de rádio e de satélite são esperadas.








Imagens:(capa-NASA/SDO) / Ole Salomonsen / SDO / NASA / divulgação//
04/01/17


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