Neste exato momento, um enorme buraco coronal na atmosfera do Sol está cara a cara com a Terra, ejetando um fluxo intenso de vento solar bem na direção do nosso planeta. O Observatório Solar Dynamics, da NASA, registrou a fissura gigantesca nesse domingo, dia 26 de março:
O Sol registrado pelo Observatório Solar Dynamics no dia 26 de março de 2017, às 18h00 UTC.
Temos duas imagens feitas pelo instrumento AIA no mesmo instante: à esquerda,
no comprimento de onde de 193, e à direita, no comprimento de 211.
Créditos: SDO / NASA
Isso é o que chamamos de Buraco Coronal - uma vasta região onde o campo magnético do Sol se abre e permite que o vento solar escape. Um fluxo de gás em alta velocidade, que está sendo ejetado a partir desse buraco coronal, deve chegar em nosso planeta durante as últimas horas dessa segunda-feira, dia 27 de março, e tem o potencial de desencadear tempestades geomagnéticas moderadas de classe G2 entre os dias 28 e 29 de março.
Por incrível que pareça, o mesmo buraco coronal provocou intensas auroras polares por vários dias consecutivos no início de março. Agora que o Sol completou uma rotação, ele ressurgiu, e está novamente de frente com a Terra.
Esse buraco coronal é considerado potente, pois está lançando um vento solar intenso, e possui campos magnéticos de "polaridade negativa". Esses campos se conectam à magnetosfera da Terra e facilmente criam tempestades geomagnéticas.
O que podemos esperar de uma tempestade geomagnética de classe G2?
Redes de energia localizadas em altas latitudes podem sofrer interferências, e se a tempestade durar longos períodos, podem até ser danificadas. A propagação de rádio HF também poderá sofrer interrupções em latitudes elevadas, assim como satélites e sistemas de geo-posicionamento. Já nas latitudes baixas, os efeitos são ínfimos, e muitas vezes, imperceptíveis.
Ilustração artística mostra como as partículas de vento solar interagem
com o campo magnético da Terra, criando tempestades solares.
Crédito: NASA
Tempestades solares são eventos comuns, e não representam uma ameaça para a vida em si, apenas para a nossa tecnologia. Como dependemos dela para o nosso modo de vida, é sempre bom ficar de olho no clima espacial.
Ah, e não se esqueçam! Quem estiver em regiões próximas dos polos, é bom ficar atento, pois auroras brilhantes devem iluminar o céu nos próximos dias!
Imagens: (capa-SDO) / SDO / NASA / divulgação
27/03/17
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Trocando em miúdos: o sol peidou. E vai feder.
ResponderExcluirvamos ter que arrumar um prendedor de roupas gigante pra tampar nossos narizes kkkkkkkk
ExcluirKkkkkkkk, excelente matéria, parabéns, mas gostei mesmo foi do comentário do Márcio Salgado! Kkkkkkkkk
ResponderExcluirGostaria de morar próximo ao polo norte nessas horas. Olhei em um site de monitoramento solar, o vento neste momento - 09:40 de 28/03/17 - está em 676 km/s Tomara que não traga prejuízo a nenhum satélite, apesar que internet tá um pouco mais lenta que o normal. boa semana a todos da GDM.\o/
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