3 estrelas zumbis podem derrubar relatividade geral de Einstein

3 estrelas zumbis podem derrubar teoria da relatividade geral de Einstein
Um sistema de três estrelas pode nos revelar a verdadeira natureza da gravidade...





Um sistema ternário de estrelas - composto por 3 indivíduos - descoberto em 2012 por astrônomos do Observatório Nacional de Radioastronomia da Virgínia, nos EUA, está atraindo a atenção de cientistas do mundo todo. O motivo? O grupo de 3 estrelas, localizado a 4,2 mil anos-luz de distância, pode derrubar (ou fortalecer) a teoria da relatividade geral, de Albert Einstein.

As três estrelas formam um sistema, junto com o pulsar PSR J0337+1715, localizado na direção da constelação de Touro. Elas só foram reveladas ao público em 2014, ficando conhecidas como "estrelas zumbis".



A razão para serem apelidadas de "zumbis" é o fato das três estrelas já terem entrado em colapso: duas são anãs brancas (restos mortais de estrelas como o Sol que após morrerem, deixam seu núcleo denso para trás), e a outra é um pulsar, ou seja, uma estrela de nêutrons super densa e pequena, com apenas 24 quilômetros de diâmetro, mas com uma massa de 1,5 vezes a do nosso Sol.

sistema triplo de estrelas PSR J0337+1715
Ilustração artística mostra o pulsar (à esquerda) a anã branca central (centro) e a anã branca mais externa (parte superior direita).
Créditos: Bill Saxton / NRAO / AUI / NSF

Essa estrela de nêutrons completa uma rotação a cada 2,73 milissegundos, emitindo pulsos de rádio perfeitamente sincronizados e regulares - o relógio mais pontual do Universo.


Zumbis x Einstein

Por conter 3 corpos super densos, ou seja, 3 campos gravitacionais extremos, esse sistema pode revelar detalhes minuciosos sobre a relatividade geral de Einstein.

A estrela mais externa do sistema é uma anã branca, localizada a uma distância do centro do sistema equivalente a distância média entre a Terra e o Sol. No centro encontra-se a outra estrela anã branca e o pulsar.

Localização do pulsar PSR J0337+1715
Essa imagem mostra o pulsar PSR J0337+1715, na direção da constelação de Touro.
Créditos: Ransom SM et al.

Assim como uma pena e um martelo em queda livre devem levar o mesmo tempo para atingir o solo (sem considerar o atrito do ar), o pulsar e anã branca interna devem reagir da mesma forma à atração gravitacional da anã branca mais externa - o princípio da equivalência. Isso é o que se espera desse trio de estrelas zumbis.




Mas, se por algum motivo, o princípio da equivalência for violado, e a órbita do par interno for um pouco mais elíptica do que deveria, então a teoria da relatividade geral poderá estar errada, e precisará ser revisada.




Em breve, novos resultados dessa pesquisa serão revelados. Enquanto isso, o princípio da equivalência será testado com uma precisão 100 vezes maior do que obtida em testes anteriores. Até lá, fica a dúvida: será que a teoria de Einstein terá de ser revisada, ou as estrelas zumbis apenas provarão que o famoso físico alemão estava certo o tempo todo?


Imagens: (capa-ilustração/Bill Saxton/NRAO/AUI/NSF) / Bill Saxton / NRAO / AUI / NSF / Ransom SM et al.
26/07/17


Gostou da nossa matéria?
Curta nossa página no Facebook
para ver muito mais!


Encontre o site Galeria do Meteorito no Facebook, YouTubeTwitter e Google+, e fique em dia com o Universo Astronômico.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

7 comentários:

  1. Ta certo esta distancia?
    4,2anos luz,seria a mesma distancia de proxima e alfha centauri.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. - sim, são estrelas zumbis. Estão se aproximando de alfa centuri para devorá-la.

      Excluir
    2. olha de acordo com a galileu a distancia é de 4,2 mil anos-luz, eu também tive esta dúvida e foi o único outro artigo que eu achei

      Excluir
    3. http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Espaco/noticia/2017/07/bale-cosmico-de-tres-estrelas-mortas-pode-derrubar-relatividade-geral.html

      Excluir
    4. e outro no youtube em ingles
      https://www.youtube.com/watch?v=lcVoI6ggeaw

      Excluir
    5. Pessoal, muito obrigado pelo alerta! São 4,2 MIL anos-luz mesmo, e não 4,2 anos-luz, como constava na matéria.

      Já corrigimos o erro. Muito obrigado!

      Excluir
  2. Pensei a mesma coisa sobre a distancia. Perto demais até!

    ResponderExcluir