Passagem de asteroide fará NASA colocar seu projeto de Defesa Planetária em ação

passagem de asteroide potencialmente perigoso em outubro de 2017
No dia 12 de outubro de 2017, o tão falado asteroide 2012 TC4 fará sua máxima aproximação com a Terra...





Medindo entre 10 e 30 metros de diâmetro, o asteroide 2012 TC4 foi descoberto em 2012, mas desde então, não foi mais encontrado nos céus. O que se sabe, segundo os cálculos feitos a cinco anos atrás, é que ele iria passar bem perto do nosso planeta no dia 12 de outubro de 2017.

A data de sua máxima aproximação está chegando, e de acordo com os cálculos anteriores, essa rocha espacial tem pouquíssima chance de atingir o nosso planeta. Na verdade, as chances são quase nulas.

E para não deixar essa grande aproximação "passar batida", a NASA irá acionar seu Escritório de Coordenação de Defesa Planetária (Planetary Defense Coordinating Office). Esse braço da NASA, também conhecido pela sigla PDCO, é uma instituição responsável por detectar, acompanhar e defletir Objetos Potencialmente Perigosos (PHOs) que poderiam se chocar contra o nosso planeta.



Além disso, a PDCO também seria responsável por gerenciar evacuações de uma área que poderia ser atingida por uma rocha espacial.

Mas calma! Segundo a agência espacial norte americana, não há motivos para pânico, e assim como estamos acostumados a ver nos filmes, isso será apenas um exercício, pois apesar dos cálculos serem incertos, o asteroide deverá passar de forma segura entre a Terra e a Lua.

Passagem do asteroide 2012 TC4 em 12 de outubro de 2017
Passagem do asteroide 2012 TC4 entre a Terra e a Lua no dia 12 de outubro de 2017.
Créditos: NASA / JPL-Caltech

O Escritório de Defesa Planetária (PDCO) da NASA foi estabelecido em 2016, e seu intuito é monitorar objetos que poderiam colidir com a Terra, através de uma rede de observatórios e cientistas dedicados a esse trabalho. A campanha criada para acompanhar a passagem do asteroide 2012 TC4 é uma forma de colocar em teste os trabalhos da PDCO e de corrigir quaisquer erros que poderiam ocorrer no caso de uma verdadeira colisão.

Quando descoberto, em 2012, o asteroide TC4 também fez uma grande aproximação com o nosso planeta. E se os cálculos estiverem certos, nesse ano de 2017 sua passagem será mais distante. Durante seu sobrevoo rasante de 2012, essa rocha espacial chegou a apenas 1/4 da distância da Lua.




Outro grande ponto chave dessa campanha de observações para o dia 12 de outubro é a de reencontrar o asteroide 2012 TC4 e assim redefinir sua órbita com maior precisão.

De acordo com os últimos cálculos orbitais, feitos em 2012, as chances cumulativas do asteroide 2012 TC4 colidir com a Terra no dia 12 de outubro de 2017 seria de apenas 0,00055%, e ele não deve chegar a menos do que 6.800 quilômetros do nosso planeta.

asteroide 2012 TC4 - aproximação em 12 de outubro de 2017
Diagrama mostra a órbita do asteroide 2012 TC4 e sua máxima aproximação com a Terra em 12 de outubro de 2017.
Créditos: NASA / JPL / NEO / PHA Program

De acordo com Detlef Koschny, do programa NEO (que monitora Objetos Próximos da Terra), e com o SSA (Alerta de Situações Espaciais) da ESA, as chances de colisão são ínfimas.

Judit Györgyey-Ries, do Observatório do Texas na Universidade de McDonald, também afirma que as chances de um impacto são muito, muito pequenas. Mas ela alerta: "devemos ficar atentos, pois uma colisão de uma rocha espacial de 20 metros de diâmetro geraria uma onda de choque e muitas janelas quebradas, e por isso, novas observações devem ser feitas."




Em fevereiro de 2013, uma rocha espacial menor do que o asteroide 2012 TC4 explodiu sobre a cidade russa de Chelyabinsk, e os estragos foram enormes. Com isso, os cientistas perceberam que mesmo as rochas espaciais pequenas podem causar sérios danos, sobretudo se elas atingirem cidades populosas.


Justamente por conta desse risco (mesmo considerando rochas espaciais relativamente pequenas) é que esses monitoramentos e acompanhamentos são tão importantes, pois apesar do asteroide 2012 TC4 não estar em rota de colisão com a Terra, existem milhares de asteroides potencialmente perigosos que futuramente poderão ameaçar o nosso planeta de alguma forma.




O asteroide 2012 TC4 também fará uma grande aproximação com a Lua na mesma data - 12 de outubro de 2017. De acordo com os cálculos, nosso satélite natural também não deverá ser atingido.


Imagens: (capa-ilustração/ESO/NASA/Jasson Major/Light in the Dark) / NASA / JPL-Caltech / NEO / PHA Program
03/08/17


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4 comentários:

  1. O que atingiu Chelyabinsk foi um cometa ou asteroide? Também parece que sua aproximação não foi detectada, correto? Será pq ?

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    Respostas
    1. Foi um pequeno asteroide Adilson! Ele não foi detectado por conta de seu tamanho. Asteroides grandes são mais fáceis de detectar... rochas espaciais menores do que 5 metros são quase impossíveis de serem detectadas, mas não são perigosas pois queimam na atmosfera... já as rochas maiores do que 10 metros e menores do que 50 metros também são extremamente difíceis de serem encontradas, mas elas são perigosas pois causam explosões bem grandes, como aquela de Chelyabinsk.

      Abraços!

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  2. foi um meteorito Adilson, n foi detectado de fato. A nasa n tem controle de todos os objetos q rondam a vizinhança, ainda mais quando não é mt grande, como no caso do de Chelyabinsk.

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  3. tem algum risco desse asteroide colidir com a terra?

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