Mais uma: nova explosão solar extrema surpreende especialistas

explosão solar extrema - mancha solar AR2673
Como se não bastasse a explosão de classe X9.3, agora a mesma mancha solar produziu uma nova explosão de classe X8!


A mancha solar AR2673 entrou em erupção mais uma vez, às 16:06 UTC desse domingo, 10 de setembro. Sua explosão anterior bateu o recorde como a explosão solar mais intensa em mais de uma década! Dessa vez, a erupção foi quase tão forte quanto a anterior, atingindo a classe X8.

Os prótons acelerados pela explosão estão vindo em direção à Terra, causando tempestades geomagnéticas moderadas e fortes. Sistemas de geo-posicionamento (GPS) sofreram falhas principalmente sobre as Américas.



Pulsos de radiação ultravioleta e de raios-X, gerados por essa explosão, ionizaram o topo da atmosfera da Terra, provocando blecautes de ondas curtas de rádio sobre as Américas, como mostra o mapa abaixo:

Mapa do blecaute de rádio - explosão solar - 10 de setembro de 2017
Mapa do blecaute causado pela explosão solar de 10 de setembro de 2017.
As cores quentes mostram as regiões afetadas.
Créditos: NOAA / SWPC

Um pouco mais tarde, um apagão de rádio ainda mais intenso afetou as comunicações nas regiões próximas dos polos, como mostram as áreas vermelhas no mapa abaixo:

Mapa do blecaute de rádio - explosão solar - 10 de setembro de 2017 - mapa 2
Mapa do blecaute causado pela explosão solar de 10 de setembro de 2017.
As cores quentes mostram as regiões afetadas.
Créditos: NOAA / SWPC


Até breve?!

A mancha solar AR2673 já está indo em direção ao lado oculto do Sol, mas em breve (dentro de aproximadamente duas semanas) ela deverá surgir novamente por conta da rotação solar. Quando isso ocorrer, mesmo se tratando da mesma mancha solar, ela ganhará outra nomenclatura.

Os últimos dias foram realmente preocupantes no quesito clima espacial. Erupções solares recordistas pegaram todos desprevenidos, isso sem contar com as Ejeções de Massa Coronal.

Erupção solar de classe X8 proveniente da mancha solar AR2673 - ocorrida no dia 10 de setembro de 2017
Erupção solar de classe X8 proveniente da mancha solar AR2673.
Evento ocorrido no dia 10 de setembro de 2017.
Créditos: SDO / NASA
Clique na imagem para ampliar

Eventos seguidos e intensos como esses podem representar um perigo considerável para torres de comunicação, satélites artificiais, astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional, e até mesmo para a nossa tecnologia como um todo.

Saiba mais sobre os riscos de uma tempestade solar extrema e entenda como ela pode mudar a sua vida. Vale lembrar que as tempestades solares não representam qualquer risco à vida, afinal, ela prospera nesse planeta há milhões e milhões de anos, e cá estamos nós para comprovar. Por outro lado, a alta tecnologia que sustenta nossa forma de vida moderna é vulnerável à radiações extremas - o evento de Carrington está aí como prova.




A parte boa de tudo isso é que as explosões solares criam um espetáculo à parte, quando cores magníficas tomam conta dos céus das latitudes elevadas - as belíssimas auroras polares!

Auroras Boreais - Todd Salat
Auroras Boreais registradas no dia 8 de setembro de 2017, no Alasca, por Todd Salat.
Créditos: Todd Salat

ATUALIZAÇÃO - 20:09 de 11/SET

De acordo com meteorologistas espaciais do NOAA, há uma chance de 60% de ocorrer tempestades geomagnéticas entre moderadas e fortes, de classe G2, no dia 13 de setembro.

Por conta da recente erupção solar de classe X8, gerou-se uma Ejeção de Massa Coronal que deve chegar em nossa magnetosfera na quarta-feira. Nos EUA, auroras boreais podem ocorrer até mesmo nos estados de Nova York, Wisconsin e Washington.

A explosão solar do dia 10 ocorreu no limbo oeste do Sol - uma região muito bem conectada com a Terra. Ventos solares provenientes dessa região atingem a Terra em cheio.

Centrais de monitoramento localizadas no polo norte e sul registraram eventos de partículas na superfície da Terra, o que não é muito comum. Os níveis de radiação subiram cerca de 6%.

Se você estava em um vôo comercial no dia 10 de setembro, você também sofreu os efeitos da radiação mesmo sem saber. Em altas-latitudes, aviões em altitudes de cerca de 12.000 metros, absorveram uma dose extra de radiação de 10 microSieverts, ou cerca do dobro da radiação comum. Mas não se preocupa: doses superiores de radiação não causam problemas à saúde quando a exposição é de curto prazo.

As recentes explosões solares estão deixando os especialistas bastante ocupados! Fiquem ligados para mais informações a qualquer momento.


Imagens: (capa-NASA/SDO) / NOAA / SWPC / SDO / NASA / Todd Salat
10/09/17


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Um comentário:

  1. Off topic:
    Pessoal, o grand finale da Cassini está chegando, por favor postem pro pessoal que não entende ingles: https://saturn.jpl.nasa.gov/

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