Em breve os astrônomos terão mais uma chance de observar aquela bizarra rocha espacial que chamou a atenção no dia das Bruxas a alguns anos atrás...
Apelidado de "O Asteroide do Dia das Bruxas", o objeto 2015 TB145 tem cerca de 650 metros de diâmetro, e fez sua máxima aproximação com o nosso planeta no dia 31 de outubro de 2015, chegando a apenas 480.000 quilômetros do nosso planeta (um pouco mais distante do que a Lua).
E a grande coincidência, o que fez o asteroide ganhar fama mundial foi o fato de que, além de estar fazendo sua máxima aproximação com a Terra no dia das Bruxas, imagens feitas na época revelaram que sua aparência era, curiosamente, parecida com um crânio de caveira. Sim, claro que não faltaram teorias de conspiração sobre isso, mas essa já é outra história...
Fato é que o asteroide era simplesmente mais uma rocha espacial, que por acaso, se parecia com um crânio gigantesco. Mas ele ganhou muitos fãs...
Asteroide 2015 TB145 registrado pelo Observatório do Arecibo em Porto Rico.
Créditos: NAIC-Arecibo / NSF
Durante sua máxima aproximação com a Terra, ocorrida em 2015, os astrônomos puderam observá-lo e determinar que " a grande caveira espacial" completa uma rotação a cada 2,94 horas, e que reflete apenas cerca de 5% da luz solar.
"Isso mostra que ele é muito escuro, sendo apenas um pouco mais reflexivo do que o carvão", disse Pablo Santos-Sanz, astrofísico do Instituto de Astrofísica da Andaluzia na Espanha. Pablo foi o co-autor de um estudo sobre as características do asteroide 2015 TB145, publicado em fevereiro de 2017 na revista Astronomy and Astrophysics.
Segundo os pesquisadores, esse asteroide pode ainda ter sido um cometa no passado, que perdeu sua água e outros materiais voláteis após muitas aproximações com o Sol. E elas ocorrem com uma certa frequência: a cada 3 anos em média. Por conta disso, o asteroide 2015 TB145 fará uma nova máxima aproximação com a Terra em novembro de 2018.
Mas dessa vez a coisa não será tão empolgante como em 2015, pois ele passará a cerca de 105 vezes a distância entre a Terra e a Lua. Mesmo assim, Pablo e outros pesquisadores estão super ansiosos para a chegada do encontro.
"Embora essa abordagem não seja tão favorável, poderemos obter novos dados que poderiam ajudar a melhorar nosso conhecimento sobre esse e outros objetos que se aproximam do nosso planeta.", disse Pablo.
Imagens: (capa-ilustração/J A Peñas/SINC) / NAIC-Arecibo / NSF
26/12/17
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