Mais 100 planetas foram encontrados e confirmados pela missão K2

kepler - novos exoplanetas encontrados
Com um campo de visão de cerca de 1/400 da Via Láctea, a missão K2 nos apresenta novos moradores da nossa Galáxia


"Começamos a analisar 275 candidatos, dos quais 149 foram validados como exoplanetas reais. Por sua vez, 95 desses planetas são realmente reais", disse o estudante de doutorado norte-americano Andrew Mayo do Instituto Espacial Nacional na Universidade Técnica da Dinamarca. "Isso traz o número total de novos exoplanetas encontrados com a missão K2 até quase 300".



A pesquisa também envolveu uma equipe de colegas internacionais de instituições como a NASA, Caltech, UC Berkeley, a Universidade de Copenhague e a Universidade de Tóquio. A nave espacial Kepler foi lançada em 2009 com o objetivo de detectar planetas que orbitam outras estrelas que não a nossa. Em 2013, uma falha técnica fez com que o telescópio espacial Kepler perdesse o campo de visão para o qual ele foi projetado para analisar, no entanto, astrônomos e engenheiros desenvolveram uma maneira de reutilizar e salvar Kepler, mudando seu campo de visão periodicamente. Essa solução fez surgir a missão K2, que ainda está em andamento.


Como o telescópio espacial Kepler encontra tantos planetas?

Isso ocorre porque ele foi projetado para detectar as mais ínfimas oscilações de brilho de estrelas distantes, causadas pela passagem de exoplanetas. Essas oscilações indicam a presença de exoplanetas, que depois são examinados mais de perto para que sejam realmente confirmados.




O primeiro planeta em órbita de uma estrela semelhante ao nosso próprio Sol foi detectado em 1995. Hoje, cerca de 3.600 exoplanetas já foram encontrados, variando entre planetas rochosos do tamanho da Terra a gigantes de gás como Júpiter.

Comparação entre o exoplaneta Kepler-442b e a Terra
Comparação de tamanho entre o exoplaneta Kepler-442b e a Terra.
Créditos: Wikimedia Commons / divulgação

Não é fácil distinguir quais sinais são provenientes de planetas. Alguns sinais são causados por ruídos estelares, estrelas múltiplas ou ruídos de naves espaciais.




Um dos planetas detectados estava em órbita em uma estrela muito brilhante. "Nós validamos um planeta em uma órbita de 10 dias em torno de uma estrela chamada HD 212657, que agora passou a ser a estrela mais brilhante a abrigar um planeta já encontrada pelas missões Kepler ou K2. Planetas em torno de estrelas brilhantes são importantes porque os astrônomos podem analisá-los através de observatórios terrestres.

"Os exoplanetas são um campo muito emocionante da ciência espacial. À medida que mais planetas são descobertos, os astrônomos desenvolverão uma imagem muito melhor da natureza dos exoplanetas, que, por sua vez, nos permitirá colocar nosso próprio Sistema Solar em um contexto galáctico".

O telescópio espacial Kepler fez grandes contribuições para o campo dos exoplanetas tanto em sua missão original quanto em sua sucessora missão K2. Até agora, essas missões forneceram mais de 5.100 candidatos a exoplanetas que agora podem ser examinados mais de perto.




Futuros telescópios espaciais, como o James Webb e o Transiting Exoplanet Survey Satellite, darão aos astrônomos novos horizontes no caminho da exploração e compreensão dos planetas espalhados pelo Universo, e assim quem sabe, entender como, quando e onde a vida pode prosperar...


Imagens: (capa-ilustração/NASA) / Wikimedia Commons / divulgação
20/02/18


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