China lança com sucesso satélite para missão no lado oculto da Lua

china lança satélite para missão no lado escuro da Lua
Se tudo der certo, um pousador poderá aterrissar no lado escuro da Lua pela primeira vez!


A China acaba de lançar uma espaçonave que ajudará a abrir caminho para uma missão histórica no lado oculto da Lua no fim desse ano.

O Satélite de Retransmissão Queqiao decolou hoje (21) sobre um foguete Long March 4C do Centro de Lançamento de Satélites Xichang na província de Sichuan às 5h28 do horário local.



O lançamento foi um sucesso, e o satélite Queqiao está agora em sua trajetória rumo ao ponto 2 de Lagrange (um local gravitacionalmente estável a cerca de 64.000 quilômetros além da Lua). O satélite se estabelecerá e ficará no aguardo da espaçonave robótica chinesa Chang'e 4, que deve ser lançada em novembro ou dezembro desse ano de 2018.




Se tudo correr conforme o planejado, Chang'e 4 se tornará a primeira sonda a tocar o lado oculto da Lua - a região que fica sempre escondida da Terra. Isso só acontece porque a Lua tem rotação sincronizada, ou seja, sempre o mesmo lado fica voltado para a Terra.

Queqiao será o transmissor de comandos e dados entre o pousador Chang'e 4 e os operadores aqui na Terra.


O satélite chinês também está carregando um pacote de radioastronomia chamado Netherlands-China Low-Frequency Explorer (NCLE), que irá buscar por emissões de rádio do início do Universo, estudar o clima espacial além de outras medições.

Junto com Queqiao, outros dois micro-satélites chamados Longjiang-1 e Longjiang-2, também foram para o espaço, onde farão algumas pesquisas de radioastronomia.




As duas primeiras missões, Chang'e 1 e Chang'e 2, lançaram orbitadores para a lua em 2007 e 2010, respectivamente. Chang'e 3 colocou um pousador e um rover (chamado Yutu) na superfície lunar em dezembro de 2013. No ano seguinte, a missão Chang'e 5 T1 enviou uma pequena cápsula ao redor da Lua e a trouxe de volta à Terra. Este foi um trabalho de preparação para a missão de retorno da amostra lunar Chang'e 5, que a China planeja lançar em 2019.

"A longo prazo, a China pretende estabelecer uma presença permanente na superfície lunar", disse Pei Zhaoyu, vice-diretor do Centro de Programa Espacial e Exploração Lunar da Administração Espacial Nacional da China.




Pei "propôs uma estação de pesquisa lunar não tripulada em cerca de 10 anos para acumular conhecimentos técnicos e uma base de pesquisa e desenvolvimento lunar por volta de 2050", informou o site Xinhua. "A base seria operada por robôs e visitada por humanos", disse Pei.


Imagens: (capa-China Aerospace Science and Technology Corporation) / China Aerospace Science and Technology Corporation / New China TV / YouTube / divulgação
21/05/18


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