Todas as estrelas morrem, e sem sombra de dúvidas este será também o fim do nosso Sol dentro de aproximadamente 5 bilhões de anos. Assim que seu suprimento de hidrogênio se exaurir, os estágios finais e dramáticos de sua vida se iniciarão conforme nossa estrela-mãe se expande tornando-se uma gigante, e depois seu corpo será despedaçado enquanto seu núcleo se comprimirá numa anã branca.
Mas como será a aparência do Sol quando tudo isso acontecer? Afinal de contas, estamos falando da nossa estrela-mãe - temos todo o direito de saber!
Sobre isso, os astrônomos revelaram recentemente novas conclusões empolgantes, que foram publicadas na revista Nature Astronomy.
O tempo de vida de uma estrela está diretamente ligado ao seu tamanho. Nosso Sol é uma anã amarela com um diâmetro de cerca de 1,4 milhão de quilômetros (cerca de 109 vezes o tamanho da Terra, de acordo com a NASA). Estrelas anãs amarelas vivem por cerca de 10 bilhões de anos e, com 4,5 bilhões de anos, nosso Sol já pode ser considerado como uma estrela de meia-idade...
Assim que o hidrogênio se esgotar no interior do Sol, ele começará a consumir seus elementos mais pesados, e se expandirá em mais de 100 vezes seu tamanho atual, tornando-se uma estrela gigante vermelha. Em seguida, ele se encolherá até se tornar uma pequena estrela do tipo anã branca, super densa e do tamanho da Terra.
Ao redor da estrela anã branca, existirá uma nuvem de material difusa, ejetada quando o Sol estava se expandindo. O grande enigma entre os astrônomos sempre foi o seguinte: essa nuvem seria ou não visível?
Estima-se que 90% das estrelas que morrem ejetam essa auréola fantasmagórica, tornando-se o que chamamos de "nebulosa planetária". Mas modelos computadorizados há décadas já indicam que uma estrela precisaria ter duas vezes a massa do Sol para que sua nuvem de gás fosse brilhante o suficiente para ser vista.
No entanto, astrônomos encontraram evidências de nebulosas planetárias em velhas galáxias elípticas, conhecidas por abrigar estrelas de menor massa. Essa contradição deixou o mistério ainda maior.
Nebulosa planetária Abell 39 tem um diâmetro de 5 anos-luz, e encontra-se a acerca de 7.000 anos-luz da Terra.
Apesar de ter uma massa de apenas 0,6 massas solares, ela ainda ostenta uma nuvem difusa brilhante.
Créditos: T.A. Rector / NRAO / AUI/ NSF NOAO / AURA / NSF / B.A. Wolpa
Para resolver o grande enigma, os cientistas desenvolveram um novo modelo computacional para prever os ciclos de vida das estrelas. E de acordo com os novos cálculos, as estrelas gigantes vermelhas em expansão se aquecem três vezes mais rápido do que o previsto, tornando possível mesmo estrelas de menor massa, como o Sol, apresentarem uma nebulosa visível.
"Descobrimos que estrelas com uma massa inferior a 1,1 vezes a massa do Sol produzem nebulosas mais fracas, e estrelas mais massivas que 3 massas solares produzem nebulosas mais brilhantes", disse o co-autor Albert Zijlstra, professor de astrofísica da Universidade de Manchester, no Reino Unido. "Problema resolvido, depois de 25 anos!"
Imagens: (capa-Adam Block/Mount Lemmon SkyCenter/University of Arizona) / T.A. Rector / NRAO / AUI/ NSF NOAO / AURA / NSF / B.A. Wolpa
15/05/18
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