Há mais de 150 anos, em 02 de setembro de 1859, uma explosão solar super extrema desencadeou uma tempestade geomagnética que ninguém havia visto antes. Cerca de 1 bilhão de toneladas de massa solar foi lançada ao espaço, bem na nossa direção. O resultado? Uma tempestade solar extrema, que foi capaz d produzir auroras boreais até mesmo em regiões próximas do equador da Terra, como Cuba.
A tempestade solar de setembro de 1859 foi tão intensa que queimou as linhas de telégrafo, causando um blecaute na "internet vitoriana" que tínhamos naquela época. Ao redor de todo o planeta, os papéis dos telégrafos pegavam fogo (literalmente)! O mundo ficou assustado, e perturbações no campo magnético foram registradas por vários dias após a tempestade.
A sorte é que naquela época a sociedade não dependia de uma rede de tecnologia avançada. Mas e se um "Evento de Carrington" acontecesse nos dias atuais? O que seria da nossa internet? E do nosso sistema de navegação (GPS), satélites e até mesmo serviços de emergência? Bom, as notícias não são nada agradáveis... E se você estava pensando que tempestades solares como aquela ocorrida em 1859 não devem acontecer tão cedo, os cientistas têm uma péssima notícia: outra daquela já deveria ter acontecido!
Ilustração artística dos efeitos de uma tempestade solar extrema.
Créditos: divulgação
Um estudo feito pela Universidade de Birmingham, publicado recentemente na revista Advancing Earth And Space Science, coletou dados do fluxo solar registrados pelo sensor de raios-x (XRS) do Space Environment Monitor da NOAA, assim como registros feitos pelos satélites GOES (Geostationary Operational Environment Satellites).
Os cientistas concluíram que uma explosão solar de classe X45 (igual a registrada no Evento de Carrington) acontece em média a cada 100 anos, podendo ocorrer até mesmo com um intervalo mínimo de apenas 30 anos no pior cenário. Já uma explosão solar extrema ainda mais intensa (de classe X60 ou X90) pode acontecer a cada 150 anos. Segundo os cientistas, essas estimativas têm 95% de acerto.
Dados de um outro estudo feito em 2015 (Maehara et al) corroboram essa afirmação. Esse estudo analisou 1.547 estrelas similares ao Sol, a fim de entender a frequência com que explosões solares extremas ocorrem em outros locais da Galáxia.
As observações levaram os cientistas à conclusão de que estrelas como o Sol produzem explosões de classe X100 (hiper extremas) com intervalos de 500 a 600 anos. Já as explosões de classe X45 (como do evento de Carrington) ocorrem a cada 100 anos em média.
Estudos anteriores estimaram que explosões como do evento de Carrington ocorreriam a cada 79 anos (Riley, 2012) ou a cada 159 anos (Love, 2012).
E pra concluir, a explosão mais extrema que uma estrela como o Sol pode produzir teria uma intensidade de X200, e ocorreria em média a cada 15.000 anos (entre 2.000 e 750.000 anos).
Imagens: (capa-ilustração/Galeria do Meteorito) / divulgação
11/05/18
Gostou da nossa matéria?
Curta nossa página no Facebook
para ver muito mais!
Encontre o site Galeria do Meteorito no Facebook, YouTube, Instagram, Twitter e Google+, e fique em dia com o Universo Astronômico.
Muito boa esta matéria. Parabéns GALERIA DO METEORITO.
ResponderExcluirEstou quebrando o pau em comentários, na matéria publicada no também conceituado SITE SPUTNIK, conforme link abaixo:
https://br.sputniknews.com/ciencia_tecnologia/2018051111193535-anomalia-furacoes-eua-caribe/
Eu não sei nos outros Estados, mas aqui no MS, desde ontem a internet está com picos de lentidão e corte, até o sinal da TV analógica e digital está cortando, falhando, saindo do ar... Será que ontem não ocorreu alguma explosão solar?
ResponderExcluirDigo, alguma tempestade magnética não atingiu a Terra?
ExcluirNobre Marlene: Há bastante espaço-tempo-i, que através do meu site: venho apresentando CENTENAS DE DESCOBERTAS CIENTÍFICAS AVANÇADAS E ENERGÉTICAS.
ExcluirDentre essas, a que alerto para facto do AQUECIMENTO GLOBAL, ter como origem, MAIORES ATIVIDADES no DISTRIBUIDOR ENERGÉTICO ATÔMICO TERMONUCLEAR, que chamam primitivamente de SOL:
Que vem colocando também em maiores atividades, o TRANSFORMADOR ENERGÉTICO ATÔMICO TERMONUCLEAR que fica no CENTRO do nosso PLANETA, que por emitir ONDAS DE CALOR EM ALTAS TEMPERATURAS de dentro para fora, e não de fora para dentro:
Vem aquecendo o fundo dos OCEANOS, MARES, RIOS, LAGOS...
Provocando o derretimento de CALOTAS POLARES, GELEIRAS...
Transformando ÁGUA SÓLIDA e LÍQUIDA em VAPOR-DE-ÁGUA: causando o EFEITO-ESTUFA.
Obviamente, EMISSÕES ENERGÉTICAS através de PULSOS-ELETROMAGNÉTICOS, "ONDAS ELETROMAGNÉTICAS", parecidos com o que conhecemos, como WI-FI:
Interfere sim, e você está certíssima: em transmissões de sinais de TV e INTERNET.
Isso tudo tem um porquê, que para você saber, deve acessar meu site http://descobertascientificasavancadas.blogspot.com.br/
Parabéns, por tu seres uma mulher: inteligentíssima.
Abraços;
Hum interessante cara, vou visitar o seu site José Bonifácio. Valeu!
ExcluirPois é até mesmo a propagação de rádio em ondas curtas não anda muito bem não, na madrugada do dia 11 pro dia 12 não se podia ouvir quase nada e olha que uso um antena loop magnética externa a uns 5 metros de altura e no rádio dá pra se ter controle da entrada de sinal ou seja nem mesmo amplificando ou filtrando todo o ruido não resolvia muita coisa. Nesses últimos dias o indice kp na maioria das vezes esteve marcando 4. Ate o apliticativo que tenho baixado, esta prevendo kp de 6 para a próxima semana ou seja mais outra tempestade (se é que realmente vai acontecer, pois é uma previsão...rsrs), sendo que mais ou menos 7 dias atrás marcou 6.
ResponderExcluirparabens galeria do meteorito!!!
ResponderExcluir