No final de 2017 foi anunciada a descoberta de um objeto que não teria se formado aqui, no nosso Sistema Solar, revelando o primeiro objeto de origem interestelar a visitar o nosso sistema.
Desde então, vários estudos tentaram encontrar mais informações sobre qual seria a real origem do objeto chamado 'Oumuamua. Alguns cientistas chegaram a suspeitar que se tratava de uma nave alienígena, o que causou uma euforia no meio científico. Mais tarde, estudos mostraram que não, o objeto 'Oumuamua não era uma nave extraterrestre, mas sim um asteroide.
Agora, novos resultados sugerem que 'Oumuamua não é um asteroide, mas sim um cometa. A descoberta foi publicada na revista Nature. Os dados utilizados no estudo são do Telescópio Espacial Hubble, do Telescópio Canadá-França-Havaí, do Very Large Telescope do ESO e do Telescópio Gemini South.
O ganho na velocidade de 'Oumuamua é maior do que o esperado, disseram os astrônomos. Além disso, nosso Sol ainda está tentando arrastar o 'Oumuamua de volta, retardando o objeto, embora não tão rápido como era previsto.
Marco Micheli, da Agência Espacial Européia (ESA), liderou a equipe que explorou vários cenários para explicar "a velocidade mais rápida do que a prevista" de 'Oumuamua. A explicação mais provável é que "Oumuamua está liberando material de sua superfície devido ao aquecimento solar - fenômeno conhecido como "outgassing".
Os cientistas acreditam que o impulso deste material ejetado forneça um pequeno e constante impulso que está enviando 'Oumuamua para fora do Sistema Solar numa velocidade maior do que a esperada. Ele viaja a cerca de 114 mil quilômetros por hora.
Isso seria um comportamento típico de cometas e contradiz a classificação anterior de que 'Oumuamua seria um asteroide. "Nós acreditamos que ele seja um cometa pequeno e estranho. Podemos ver nos dados que seu impulso está diminuindo quanto mais distante ele fica do Sol, o que é típico de cometas", disse Marco.
Os cientistas explicaram que, geralmente, quando os cometas são aquecidos pelo Sol, eles ejetam poeira e gás. Esse material forma uma nuvem chamada de "coma" ao redor deles, além da famosa cauda de cometa. No entanto, a equipe de pesquisa não conseguiu detectar qualquer evidência visual de saída de gás.
Diagrama mostra a trajetória do objeto 'Oumuamua pelo nosso Sistema Solar, e a diferença de velocidade observada pelos cientistas.
Créditos: Spacetelescope / Tradução: Richard Cardial
"Nós não vimos nenhuma poeira, coma ou cauda, o que é incomum. Nós pensamos que "Oumuamua pode expelir grãos de poeira maiores do que o comum", disse Karen Meech, co-autora do estudo, da Universidade do Havaí.
A equipe especulou que talvez os pequenos grãos de poeira que adornam a superfície da maioria dos cometas tenham sido erodidos durante a jornada de 'Oumuamua pelo espaço interestelar, permanecendo apenas grãos de poeira maiores. Uma nuvem dessas partículas maiores não seria suficientemente brilhante para ser detectada pelo Hubble.
A verdadeira natureza desse enigmático visitante interestelar pode permanecer um mistério por mais algum tempo.
'Oumuamua continua indo embora, pra bem longe do Sol. Seu periélio (ponto de maior proximidade com o Sol) foi em 9 de setembro de 2017. No início de maio de 2018 ele passou pela órbita de Júpiter, e em junho de 2024 passará pela órbita de Netuno. . Em 2038 ele estará na borda do Sistema Solar, a heliopausa.
Imagens: (capa-ilustração/ESA) / ESA / / YouTube / Spacetelescope / Richard Cardial / divulgação
29/06/18
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Isso é um cocô boiando no espaço.
ResponderExcluircocô se um super alien
Excluirou um charuto
qual tamannho aproximado deste viajante?
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