+ 12 novas luas em Júpiter foram descobertas, e uma delas é bem estranha

12 luas descobertas em Júpiter
Em um único anúncio, Júpiter ganha uma dúzia de novos integrantes, e número de satélites naturais chega a 79!


12 novos satélites naturais foram descobertos orbitando Júpiter, sendo um deles bem diferente de tudo que já vimos antes...



Durante uma caçada ao Planeta X (um possível planeta do Sistema Solar ainda não descoberto que parece estar além de Plutão) uma equipe de cientistas liderada por Scott Sheppard, do Instituto de Ciência Carnegie, encontrou 12 novas luas ao redor de Júpiter. Com essa descoberta, Júpiter passa a ter 79 luas conhecidas - mais do que qualquer outro planeta do Sistema Solar.

Das 12 luas recém-descobertas, 11 são "normais", de acordo com uma declaração do Instituto Carnegie. A 12ª lua, no entanto, é descrita como "verdadeiramente excêntrica", primeiramente por conta de sua órbita alongada, e segundo porque ela é a menor lua conhecida de Júpiter, com menos de 1 quilômetro de diâmetro.

Imagem feita em maio de 2018 com o telescópio Magellan, no Chile, mostra o recém descoberto satélite de Júpiter Valetudo - Carnegie Institution for Science
Imagem feita em maio de 2018 com o telescópio Magellan, no Chile.
Nela podemos ver Valetudo, o recém descoberto satélite de Júpiter.
Créditos: Carnegie Institution for Science

Em meados de 2017, os pesquisadores estavam a procura do Nono Planeta, e Júpiter, por coincidência estava no céu, exatamente no mesmo campo de visão onde as buscas estavam ocorrendo. Isso deu à equipe uma oportunidade única de procurar por novos satélites ao redor de Júpiter, além de objetos nas cercanias de Plutão.




Nove das luas recém-descobertas têm órbitas retrógradas, ou seja, elas orbitam na direção oposta do giro do planeta. Esses satélites fazem parte de um grande grupo de luas que orbitam na direção oposta. Das 67 luas de Júpiter previamente conhecidas, as 33 luas mais distantes têm órbitas retrógradas.

Duas das luas recém-descobertas orbitam Júpiter com uma grande proximidade, e possuem órbitas progressivas, ou seja, orbitam o planeta na mesma direção de sua rotação. Elas fazem parte de um grupo de luas progressivas que orbitam mais perto de Júpiter, diferente das luas retrógradas. A maioria dessas luas com órbitas progressivas leva menos de um ano para completar uma volta em torno de Júpiter.

As luas de Júpiter também são divididas em dois grupos: satélites regulares e irregulares, sendo que os regulares são aqueles que têm órbitas circulares, e os irregulares possuem órbitas não circulares.




A "excêntrica" lua recém-descoberta ​​tem uma órbita progressiva, mas orbita mais longe de Júpiter do que as outras luas do mesmo grupo. Ela leva cerca de um ano e meio para completar uma órbita. O que chamou muito a atenção dos cientistas foi o tamanho pequeno do satélite, e o fato de estar no campo das luas retrógradas, porém, ter uma órbita progressiva.

Os pesquisadores propuseram nomear essa estranha nova lua de Júpiter com o nome "Valetudo" (Hígia ou Hygieia), em homenagem à deusa romana da saúde e da higiene.

Orbita dos satélites naturais de Júpiter e dos satélites recém descobertos - Roberto Molar-Candanosa -  Carnegie Institution for Science - Galeria do Meteorito
Orbita dos satélites naturais de Júpiter e dos satélites recém descobertos (em negrito).
Créditos: Roberto Molar-Candanosa / Carnegie Institution for Science         /         Tradução: Galeria do Meteorito

Mas "Valetudo" não é apenas uma estranha lua que parece estar jogando do lado errado do campo - ela está sofrendo um sério risco de colisão. É como um automóvel trafegando na contra-mão, em uma estrada altamente disputada.

"Esta é uma situação instável", disse Scott Sheppard. "Colisões frontais podem rapidamente triturar um objeto e transformá-lo em pó." Uma hipótese levantada pelos pesquisadores é de que "Valetudo", assim como outras luas de Júpiter, poderiam ser o resultado de colisões frontais como essa.




Entender como essas luas se formam, quando isso aconteceu, e qual será o futuro delas, é um passo importante para entendermos melhor o funcionamento do Sistema Solar. E aí está mais uma pequena peça dessa charada cósmica...


Imagens: (capa-ilustração/Carnegie Institution for Science) / Carnegie Institution for Science / Roberto Molar-Candanosa
17/07/18


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4 comentários:

  1. Mais uma vez confundido o planeta 9 com o planeta X. Lamentável...

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  2. Eu acredito com certeza que exista vidas em outros planetas. Sem dúvida teve um criador que criou essas coisas e não seria bobo para criar planetas vazios

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  3. Não é possível que não exista vida como nós conhecemos em pelo menos uma lua de Júpiter.Esse gigante gasoso deve de alguma maneira gerar o calor necessário á vida.

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