Observar o céu noturno, as estrelas, as nebulosas, os planetas, é de fato uma experiência marcante. Mas o que dizer daquela nuvem esbranquiçada e difusa que vemos riscando o céu?
Aquela nuvem que risca o céu de ponta a ponta, é na verdade um aglomerado incrivelmente denso de estrelas - o resultado da sobreposição de alguns dos braços da nossa Galáxia, a Via Láctea.
As estrelas, assim como todos os objetos que se encontram na Via Láctea, não são distribuídos de maneira uniforme e aleatória, mas sim, se acumulam em padrões espirais que chamamos de "braços". Mesmo que uma estrela ou qualquer outro objeto esteja (por algum motivo) fora de um desses braços, o poder gravitacional irá puxar esse objeto pra dentro ao longo de milênios.
A Via Láctea, ou seus braços, podem ser vistos a noite como uma nuvem difusa no céu,
onde encontram-se a maioria das estrelas.
Créditos: Lane Hickenbottom
Mas você já se perguntou quantos braços possui a Via Láctea? Olhando daqui parece ser apenas um, ou no máximo dois, mas os cientistas têm razão pra acreditar que são muitos...
Na verdade, os astrônomos ainda não estão certos de quantos braços nossa galáxia possui. O Sol está localizado na borda do braço de Orion (braço local), que parece se fundir com o braço espiral Perseus na direção da constelação de Cygnus. Este braço (Perseus) é o próximo braço espiral externo depois da localização do nosso Sol.
Além do braço de Perseus, os astrônomos acreditam que ainda existem alguns outros braços mais distantes, mas que são difíceis de serem distinguidos, dificultando uma contagem confiável.
Os braços da Via Láctea e seus nomes.
Créditos: Galeria do Meteorito
Mais perto do centro da Via Láctea, encontramos o braço de Carina-Sagittarius, e ainda mais perto está o braço de Scutum-Crux, e depois o braço de Norma. A região mais central é complexa, onde estudos recentes sugerem que a Via Láctea possui dois braços entrelaçados.
Nuvens moleculares gigantes, feitas de gás interestelar e poeira, mostram que nossa Galáxia é composta de dois ou possivelmente quatro braços. No entanto, devido às proeminências como aquela onde nossa estrela se encontra, é difícil saber com precisão qual é a aparência real da Via Láctea. Nós sabemos o formato básico da nossa galáxia, mas não conseguimos reproduzir sua aparência de forma precisa.
Por enquanto, temos que nos conformar com a observação da Via Láctea vista de dentro, e assim, tentar montar esse quebra-cabeças observando tudo através de um ponto de vista interno, daqui do Sistema Solar.
Imagens: (capa-ilustração/divulgação) / Lane Hickenbottom / Galeria do Meteorito
11/07/18
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Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirisso infelizmente nunca seria possível. :(
ExcluirPorque não seria possível? si em cem anos a tecnologia evoluiu de uma forma terrivelmente incrível. creio que em menos de cinquenta anos podemos fazer algo de tamanha envergadura.
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