O pousador MASCOT, da sonda Hayabusa2, pousará em um local do hemisfério sul do asteroide Ryugu. O local de pouso foi nomeado MA-9. Ele foi escolhido dentre outros 9 locais de pouso graças a sua combinação de acessibilidade + potencial científico, disseram os membros da missão.
"Do nosso ponto de vista, o local de aterrissagem selecionado significa que nós engenheiros podemos guiar o pousador MASCOT até a superfície do asteroide da forma mais segura possível, enquanto os cientistas podem usar seus vários instrumentos da melhor maneira possível", disse o gerente de projeto de MASCOT, Tra-Mi Ho, do Instituto DLR de Sistemas Espaciais. DLR é o Centro Aeroespacial Alemão, que opera a MASCOT com o apoio da agência espacial francesa, CNES.
O MA-9 apresenta material de superfície fresco e intocado, que não foi exposto à radiação cósmica por muito tempo em comparação com outras partes do asteroide de quase 1 km de largura.
O orbitador Hayabusa 2 lançará três pequenos robôs em uma região do hemisfério norte. Explorar o hemisfério sul do asteroide será uma tarefa dada apenas ao pousador MASCOT. A região MA-9 não é tão acidentada como outras partes do asteroide Ruygu. Mas isso não significa que a aterrissagem de outubro de 2018 será fácil.
MA-9 e outros locais de pouso da missão Hayabusa2.
Créditos: JAXA / DLR
"Mas também estamos cientes: parece haver grandes pedras na maior parte da superfície de Ryugu e quase qualquer superfície tem regolito (pedras soltas)", disse Tra-Mi Ho. "Embora cientificamente muito interessante, isso também é um desafio para uma pequena sonda de coleta de amostras."
A missão Hayabusa2 já custou 140 milhões de dólares, e foi lançada em dezembro de 2014. A sonda chegou no asteroide Ryugu em 27 de junho de 2018, e se tudo correr conforme o planejado, a espaçonave estudará o grande asteroide durante quase 2 anos, descendo várias vezes para coletar amostras de material.
Enquanto isso, MASCOT e os três minúsculos robôs, chamados Minerva-II-1a, Minerva-II-1b e Minerva-II-2, coletarão uma variedade de informações sobre a superfície do asteroide. O primeiro robô Minerva esteve a bordo da primeira missão de coleta de amostras de asteroides do Japão, a Hayabusa original, que coletou grãos de rocha espacial do asteroide Itokawa e trouxe para a Terra em 2010.
O orbitador Hayabusa2 está programado para partir de Ryugu em dezembro de 2019. A cápsula contendo as amostras do asteroide chegará na Terra um ano depois, em dezembro de 2020.
Asteroide Ryugu fotografado pela espaçonave Hayabusa2.
Créditos: ISAS / JAXA / Hayabusa2 Team
A missão Hayabusa2 não é o único projeto de coleta de amostras de asteroides em andamento. A missão OSIRIS-REx da NASA, já custou 800 milhões de dólares, e está em sua reta final para um encontro com o asteroide Bennu, que deve acontecer em dezembro de 2018.
O asteroide Bennu tem cerca de 500 metros de diâmetro, e a sonda OSIRIS-REx deve estar de volta à Terra em setembro de 2023.
Tanto Hayabusa2 quanto OSIRIS-REx visam ajudar os cientistas a entender melhor a composição e a estrutura dos asteroides, assim como a história e a evolução inicial do Sistema Solar, bem como o papel que as rochas espaciais podem ter desempenhado para o surgimento da vida na Terra.
Estudar a composição de amostras de material primitivo, seja de asteroides ou de meteoritos (rochas espaciais que caem aqui na Terra), permite que os pesquisadores entendam melhor a história do nosso Sistema Solar e suas etapas de evolução. Estudar essas amostras em laboratórios bem equipados é muito mais promissor do que conduzir experimentos no espaço através de sondas.
Imagens: (capa-ilustração/JAXA/Edição-Galeria do Meteorito) / JAXA / DLR / ISAS / Hayabusa2 Team
24/08/18
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Ótima materia galeria do meteorito! A uma dica podem fazer uma matéria sobre essas sonda?(como funciona etc..)
ResponderExcluirObrigado Pedro! Obrigado também pela sugestão de matéria! Um grande abraço!
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