Em março de 2004, a espaçonave Rosetta, da Agência Espacial Européia (ESA), decolou da Guiana Francesa a bordo de um foguete Ariane 5. Dez anos depois, em novembro de 2014, Rosetta se encontrou com o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Por dois anos seguidos, Rosetta permaneceu na órbita deste cometa coletando dados e realizando observações de sua superfície e constituição.
Em 30 de setembro de 2016, Rosetta chegou mais perto do que nunca da superfície do cometa Churyumov-Gerasimenko, concluindo sua missão com um impacto controlado em sua superfície. Desde então, os cientistas ainda estão processando os dados coletados pela nave durante sua missão, incluindo algumas fotos simplesmente magníficas que mostram sua superfície com detalhes impressionantes.
Superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.
Créditos: Rosetta / Jacint Roger Perez
Essa foto foi feita no dia 22 de setembro de 2014, quando a espaçonave Rosetta estava a 26,2 km de distância da superfície do cometa. A fotografia mostra o ponto de vista da câmera de ângulo estreito OSIRIS, acoplada à sonda. Ela foi processada pelo astrônomo amador Jacint Roger Perez, que combinou três imagens tiradas em diferentes comprimentos de onda.
A imagem mostra, por exemplo, na parte central à esquerda um lugar chamado Seth - uma das regiões geológicas no maior dos lóbulos do cometa, caracterizada por camadas. Seth se encontra com Hapi - uma região coberta de pedregulhos que forma o "pescoço" do cometa, que conecta os dois lobos.
Ao fundo, podemos ver partes das regiões Babi e Aker, localizadas no lóbulo maior do cometa. A região mais nítida da imagem, na parte inferior, temos a falésia de Aswan - uma escarpada de 134 metros de altura que separa as regiões de Seth e Hapi. Pouco antes dessa fotografia ser feita, parte dessa escarpada entrou em colapso, que segundo os cientistas, aconteceu por conta da máxima aproximação do cometa com o Sol, em 13 de agosto de 2015.
Imagens da sonda Rosetta mostram colapso de região do cometa 67P/C-G.
Créditos: ESA / Rosetta
Quando o cometa Churyumov-Gerasimenko se aproximou do Sol, sua temperatura aumentou, causando explosões de gás e poeira, o que gerou o rompimento de grandes rochas e escarpadas. As observações de Rosetta mostraram que isso acontecia como já era previsto.
Além de ser digna de moldura, essa belíssima imagem de Rosetta mostra também que o papel dos astrônomos amadores é vital para o desempenho pleno de estudos, observações e descobertas da Era da Exploração Espacial. O processamento de imagens de missões de exploração espacial está a cada dia, ganhando novos adeptos dentre os entusiastas habilidosos. Por ser uma quantidade grande de dados e imagens, a ajuda dos amadores auxilia e muito o trabalho dos cientistas e pesquisadores oficiais.
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Rosetta foi a primeira sonda a orbitar um cometa enquanto ele se aproximava do Sol. Foi também a primeira sonda que analisou de perto como a nossa estrela transforma a superfície dos cometas. Rosetta também foi a primeira missão que concluiu um pouso controlado de uma sonda (Philae) na superfície de um cometa, o que aconteceu em 27 de novembro de 2014. Mesmo com o fim da missão tendo ocorrido em 2016, os cientistas ainda encontram verdadeiras jóias perdidas em meio aos dados importantes coletados pela sonda.
Imagens: (capa-ESA/Rosetta) / Jacint Roger Perez / ESA / Rosetta / divulgação
09/10/18
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chic demais essa imagem.!
ResponderExcluirDireto de algum deserto montanhoso daqui da terra mesmo. Um espetáculo!!!
ResponderExcluirkkkkkkkkkkk...
Excluirfazer o que né irmão? pelo menos os caras tem competÊNCIA PARA FAZER ESTA FOTO "" de um deserto aqui mesmo", o que sua magna falta de sapiência não é capaz de produzir.
ExcluirAquela parte branca no topo é gelo?
ResponderExcluiracho q não amigo, é reflexo do sol nas montanhas de gelo, aliás os cometas são formados por gelo, poeira e fragmentos de rocha.
ExcluirObrigado pela informação
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