Asteroide que faz máxima aproximação com a Terra tem sua própria lua

asteroide 2016 az8 tem sua própria lua
Uma rocha espacial com quase meio quilômetro de diâmetro ostenta um asteroide pra chamar de seu


Ontem, dia 7 de janeiro, um asteroide intitulado 2016 AZ8 passou próximo da Terra a uma distância de 2,8 milhões de quilômetros. Esse asteroide tem cerca de 430 metros de diâmetro, e passou a uma distância segura, bem mais distante do que a Lua está de nós. Até aí, nada de anormal. Mas algo chamou a atenção dos astrônomos.



Ao utilizar o gigantesco Observatório do Arecibo, em Porto Rico, e lançarem um feixe de rádio na direção desse objeto, foi possível detectar essa imagem, que revela um satélite natural em torno do asteroide 2016 AZ8.

Imagens de radar do asteroide 2016 AZ8 com resolução de 7,5 metros por pixel.
Foram cerca de 40 minutos de observações para conseguir capturar essas imagens.
Créditos: Planetary Radar Science Group / Arecibo Observatory

É isso mesmo - esse asteroide de quase meio quilômetro tem sua própria lua, que por sua vez possui um formato alongado (como de um charuto), medindo cerca de 180 metros em seu eixo mais longo.




Asteroides que possuem luas podem ser muito interessantes de serem observados, mas não são tão raros quanto se pensava. Estudos mostram que cerca de 15% dos asteroides próximos da Terra tem uma lua.

E assim como os asteroides solitários, que vagam sozinhos pelo espaço, esses "asteroides binários" também colidem com o nosso planeta. Aqui na Terra temos exemplos geológicos de asteroides binários que colidiram com a superfície do nosso planeta, criando duplas crateras de impacto, como é o caso da cratera dupla de Jämtland, na Suécia, e dos lagos Isli e Tislit, em Marrocos, que segundo os pesquisadores, teriam sido criados pelo impacto de dois objetos simultaneamente.

Inclusive, no caso dos lagos Isli e Tislit, os cientistas acreditam que os fragmentos do meteorito Imilchil (Agoudal) são provenientes desse grande asteroide que teria criado os lagos em forma de lágrima.




E quando falamos sobre futuros impactos de asteroides com a Terra, a pergunta não é SE, mas sim QUANDO ele vai acontecer. E quando acontecer, será que vai ser de um asteroide binário?



Imagens: (capa-Arecibo Observatory) / Planetary Radar Science Group / Arecibo Observatory / divulgação
08/01/19

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