O jipe robótico Curiosity conseguiu uma incrível façanha ao detectar uma quantidade gigantesca de metano - cerca de 21 partes por bilhão por unidade de volume (ppb), na Cratera Gale, de 154 quilômetros. A descoberta anunciada recentemente mostra que tal concentração é muito maior do que o normal para aquela região, determinada com uma variável entre 0,24 à 0,65 ppb.
O novo resultado deixou cientistas de todo o mundo eufóricos, já que na Terra, por exemplo, a maior parte do metano que encontramos no ar é gerada por micróbios e outros organismos.
Por enquanto, não é possível afirmar que o metano encontrado em Marte é o resultado de vida, já que ele também pode ser produzido de forma abiótica - através de reações da água quente com alguns tipos de rochas, por exemplo.
"Com nossas medições atuais, não podemos dizer se a fonte de metano tem origem biológica ou geológica, se é antiga ou moderna", disse Paul Mahaffy, do Centro de Voos Espaciais Goddard, da NASA. Paul Mahaffy é o investigador principal do instrumento Sample Analysis at Mars (SAM) da sonda Curiosity, que detectou o aumento recente.
Curiosity também descobriu dois outros picos de gás metano - um em junho de 2013 e outro que durou do final de 2013 até o início de 2014. Ambos eram consideravelmente menores, com um pico de 6 ou 7 ppb. Mesmo sendo considerados "picos de metano", não chegam perto da detecção recente de 21 ppb.
Rover Curiosity em 18 de junho de 2019. Foto feita pela câmera de navegação (NavCam)
Créditos: NASA / JPL-Caltech
Em abril de 2019, foi anunciada uma detecção de aumento de gás metano em junho de 2013 - detecção feita pelo orbitador europeu, Mars Express. O Trace Gas Orbiter, que é uma operação conjunta entre Europa e Rússia para detectar metano e outros gases na atmosfera marciana, praticamente não encontrou muitas evidências durante sua primeira rodada de observações em 2018.
"Combinar observações feitas na superfície e em órbita poderia ajudar os cientistas a localizar as fontes do gás no planeta e entender quanto tempo ele dura na atmosfera marciana", disse a NASA em um comunicado oficial.
A equipe do instrumento SAM, responsável pela detecção do grande pico de metano em Marte, continuará realizando experimentos na tentativa de entender melhor o que significa esse aumento drástico do gás metano na atmosfera marciana e compreender melhor alguns mistérios que ainda rondam o Planeta Vermelho.
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Imagens: (capa-NASA/JPL-Caltech) / NASA / JPL-Caltech / divulgação
24/06/19
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Não fui eu.
ResponderExcluirNão fui eu também, eu juro que segurei...
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