Vamos analisar: apesar das anãs marrons terem características tanto de planeta quanto de estrela, elas não se encaixam exatamente em nenhuma dessas duas categorias.
O processo de formação das anãs marrons se parece bastante com o de uma estrela qualquer, quando uma nuvem de gás e poeira começa a se aglutinar. Mas durante sua formação, esse objeto não consegue adquirir massa minimamente suficiente para começar o processo de fusão nuclear em seu núcleo (processo esse que faz com que as estrelas brilhem e emitam radiação).
Portanto, após sua formação, uma anã marrom não tem capacidade para se comportar como uma estrela. Ainda assim, uma anã marrom não se comporta exatamente como um simples planeta, já que por si só, sem depender do aquecimento de uma estrela, sua temperatura de superfície ultrapassa os 2.000 Cº.
Ilustração artística de uma anã marrom.
Créditos: NASA
Se Júpiter tivesse cerca de 13 vezes a sua massa, ele já seria considerado uma anã marrom. Mas Júpiter ainda é considerado um planeta...
Para que uma anã marrom se tornasse de fato uma estrela, ela teria que ter pelo menos cerca de 5 vezes a sua massa, o que a tornaria uma anã vermelha. Anãs vermelhas são as estrelas com menos massa possível, e por conta disso, seu processo de fusão é lento, permitindo um tempo de vida aproximado de (pasmem!) 200 bilhões de anos!
Isso significa que a linha que separa planetas de estrelas não é tão tênue como poderíamos imaginar, e é justamente nessa larga fronteira que as anãs marrons se encaixam.
Imagens: (capa-ilustração/NASA) / NASA
15/08/19
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Uma Anã Vermelha não chega a viver 1 trilhão de anos, não ? Pensei que fosse daí para mais.
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