O asteroide Hígia deve ganhar o status de planeta anão, e roubar o título de menor planeta anão do Sistema Solar!
Os astrônomos capturaram imagens de alta resolução de Hígia, o quarto maior objeto do Cinturão de Asteroides que fica entre as órbitas de Marte e Júpiter. Eles perceberam que Higia tem forma esférica - um fator imprescindível para que um objeto seja classificado como planeta anão.
Para que um objeto seja considerado planeta anão, ele deve orbitar o Sol (e não um planeta ou outro objeto); não ter limpado sua órbita e ser esférico (um indício de que possui massa suficiente para que seu poder gravitacional puxe tudo para a região central). Higia já preenchia os dois primeiros requisitos, e agora, por ser esférico, já deve ser classificado como planeta anão o mais breve possível.
A equipe de astrônomos liderada pelo pesquisador Pierre Vernazza, do Laboratoire d'Astrophysique de Marseille, na França, estimou o diâmetro de Higia em pouco mais de 430 km. Como comparação, Higia tem 1/5 da largura de Plutão, que tem um diâmetro de 2.400 km.
Ceres era o detentor do título de menor planeta anão do Sistema Solar, com um diâmetro de quase 950 km. Higia tem menos da metade!
Comparação de tamanhos entre Ceres, Vesta e Higia.
Créditos: ESO / P. Vernazza et al. / L. Jorda et al. / ONERA / CNRS
A União Astronômica Internacional, órgão responsável por oficializar nomes e classificações para a Astronomia, fará uma votação com um grupo de astrônomos para que Higia seja classificado como um novo planeta anão do nosso Sistema Solar.
"Graças a essas imagens, o Hygiea pode ser reclassificado como um planeta anão, até agora o menor do Sistema Solar", disse Vernazza em comunicado Observatório Europeu do Sul, que gerencia o instrumento SPHERE (que significa Pesquisa Espectro-Polarimétrica de Exoplaneta de Alto Contraste), instalado no topo do Very Large Telescope do Observatório Paranal do ESO, no Chile.
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"Graças ao VLT e ao instrumento ótico adaptativo de nova geração SPHERE, agora estamos fotografando asteroides do Cinturão Principal com resolução sem precedentes, fechando a lacuna entre as observações de missões interplanetárias e terrestres", acrescentou Vernazza.
Imagens: (capa-ESO/P. Vernazza et al.) / ESO / P. Vernazza et al. / L. Jorda et al. / ONERA / CNRS
29/10/19
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