Localizada na constelação de Orion, Betelgeuse é uma estrela super-gigante vermelha, e uma das maiores estrelas conhecidas. Ela é tão grande que preencheria todo o espaço da órbita de Júpiter!
Sim, de fato seu brilho variável já é conhecido pela ciência há bastante tempo, mas recentemente uma repentina diminuição de seu brilho acendeu um alerta, e muitos suspeitaram de uma explosão iminente. Mas será mesmo?
Devido a suas características, qualquer diminuição de brilho em Betelgeuse parece suspeita, podendo indicar um acontecimento cataclísmico iminente.
E foi isso o que aconteceu no dia 7 de dezembro de 2019, quando um tweet desencadeou uma avalanche de preocupações e empolgação sobre uma possível explosão da super-gigante vermelha.
ATel 13337: The Fainting of the Nearby Red Supergiant Betelgeuse https://t.co/OGkLOjHVNV— ATel (@astronomerstel) December 8, 2019
O tweet 13337 da ATel falava sobre uma repentina diminuição de brilho de Betelgeuse, mas algum tempo depois ele foi misteriosamente mudado, falando de algo completamente diferente.
Depois disso, um novo tweet da Atel afirmou que tudo foi apenas um "lamentável erro de base de dados", e que o tweet tinha sido preservado e repostado com um número diferente: 13341.
Depois de todo essa confusão, boatos sobre uma explosão iminente de Betelgeuse começaram a tomar conta da comunidade científica, e muitos sites noticiavam que algo importante poderia estar prestes a acontecer.
Comparação de tamanho entre Betelgeuse (à esquerda) com o Sol e as órbitas dos planetas do Sistema Solar.
Créditos: divulgação
A confusão ainda não acabou, mas a maioria dos cientista acredita que Betelgeuse não irá explodir agora. Novos dados da AAVSO (American Association of Variable Star Observers - Associação Americana de Observadores de Estrelas Variáveis) foram divulgados mostrando que diminuições de brilho similares já foram detectadas anteriormente, e que esse poderia ser apenas um "mínimo mais profundo que o usual".
Alguns especialistas argumentam também que, como Betelgeuse gera ventos solares muito fortes, essa diminuição de brilho poderia ser apenas uma consequência de uma nuvem de poeira mais densa.
Vale lembrar que, de acordo com a ciência, qualquer galáxia do tamanho da Via Láctea normalmente teria uma supernova a cada 100 anos. No entanto, a última aconteceu em 1604. A única supernova visível a olho nu desde então ocorreu 32 anos atrás na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da Via Láctea, cem vezes mais distante que Betelgeuse.
Enquanto isso só podemos esperar pra ver quem irá explodir primeiro: Eta Carinae ou Betelgeuse? O que você acha? Deixe sua opinião nos comentários!
Imagens: (capa-divulgação/Edição: Galeria do Meteorito) / divulgação
11/12/19
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Ok, mas alguém poderia dizer o que vai acontecer com os habitantes de
ResponderExcluirBetegleuse-b? Os pobres betelgeusinos? Será que eles já declararam imposto de renda de 2020? Duvido muito que betelgeuse seja uma dama solitária... nenhum asteroidezinho povoado por minhocas betelgeusinas?
Seu Fora do Ar, pelo q eu soube os betelgeubesianos já estão procurando apartamentos pra alugar no Trivago e no AirBNB. Há informações de que estão tentando comprar uns terrenos em Antares 4 também, mas ainda é só especulação.
ExcluirNem fala de trivago, desse spam desgraçado em intervalos de TV fechada, há uns cinco anos atrás peguei ódio do meu gato TV por causa dessa propaganda irritante que amaldiçoava todos os intervalos e estava em todos os canais sem exceção. Afortunadamente a partir dessa época comecei a assistir o céu.
ExcluirLeio e me divirto com alguns comentários neste site, porém, gostaria de uma resposta mais técnica:
ResponderExcluirCaso explodisse, quanto tempo demoraria para termos a certeza? E, ainda no campo das suposições, a explosão afetaria de alguma forma o nosso sistema solar e, consequentemente, a vida na Terra?
Olha, sua primeira pergunta é um pouco complicada pra responder, viu. Quando falamos de tempo em Astronomia a coisa pode ser bastante relativa. Lembre-se que Betelgeuse está a quase 640 anos-luz de distância. Logo, se ela explodir nesse exato momento em que você lê esse texto, só saberemos que isso ocorreu daqui quase 640 anos! Ou seja, Betelgeuse pode já ter explodido quando Cabral pôs o primeiro pé no Brasil, por exemplo, mas a luz emitida no momento da explosão ainda está viajando até nós. É muito louco ficar pensando nisso, não foi à toa que vim parar no hospício!
ExcluirQuanto à riscos para a vida na Terra, acho que não haveria perigo. Mas que será lindo de ver, isso certamente será!