O mundo nunca viu uma imagem tão detalhada da superfície solar

melhor imagem do Sol
O mais novo telescópio solar lança suas primeiras imagens, e são incríveis!


A clareza dessas imagens do telescópio solar Daniel K. Inouye, no Havaí, se deve ao espelho de 4 metros do telescópio - o maior do mundo para um telescópio solar. "É o maior salto em nossa capacidade de estudar o Sol desde o tempo de Galileu", disse um cientista.


O Telescópio Solar Daniel K. Inouye - próximo ao cume do Monte Haleakala, na ilha havaiana de Maui - divulgou suas primeiras imagens do Sol nesta semana. Dizem que são as imagens de maior resolução da superfície solar já tiradas, e quem pode argumentar?! Realmente, nunca vimos imagens do Sol que se parecem com isso.

Superfície do Sol - 20 janeiro 2020 - NSO - AURA - NSF
Superfície do Sol divulgada em 20 de janeiro de 2020.
Créditos: NSO / AURA / NSF

As imagens, divulgadas em 29 de janeiro de 2020, mostram estruturas semelhantes a células agitando a superfície do Sol. Sabíamos que essas estruturas existiam, mas nunca tivemos uma visão como essa. Essas células são chamadas de grânulos e são causadas por correntes convectivas de plasma no Sol. Cada uma dessas células é maior do que o estado de Minas Gerais!




Os cientistas dizem que esses grânulos são o resultado do calor transportado de dentro do Sol para a superfície. É como se estivéssemos vendo o Sol ferver.

A nitidez da imagem se deve ao espelho de 4 metros do telescópio, que é o maior do mundo para um telescópio solar.

Thomas Rimmele é o diretor do projeto do telescópio solar Inouye, e segundo ele, "estas são as imagens de maior resolução da superfície solar já tiradas".

A National Science Foundation dos EUA construiu o Telescópio Solar Inouye, que tem mais que o dobro da resolução dos próximos melhores observatórios solares. A construção do telescópio começou em janeiro de 2013 e o espelho principal foi entregue no local em agosto de 2017. Sobre essas primeiras imagens do observatório, a NSF declarou que:

As imagens mostram um padrão de plasma turbulento de "ebulição" que cobre todo o sol. As estruturas semelhantes a células - cada uma do tamanho do Texas - são a assinatura de movimentos violentos que transportam o calor do interior do Sol para a superfície. Esse plasma solar quente sobe nos centros brilhantes de 'células', esfria e depois afunda abaixo da superfície em pistas escuras, em um processo conhecido como convecção.


Os movimentos do plasma do Sol constantemente torcem e emaranham as linhas do campo magnético do Sol. Os campos magnéticos torcidos podem levar a tempestades solares que podem afetar os sistemas na Terra. Erupções solares podem desencadear tempestades geomagnéticas, que por sua vez podem afetar as viagens aéreas, interromper as comunicações via satélite, derrubar redes de energia e desativar tecnologias como GPS.



Imagens: (capa-NSF) / NSO / AURA / NSF / divulgação
31/01/2020


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