Pequenas Luzes Brilhantes no Sol podem explicar mistério de sua atmosfera

Pequenas luzes Brilhantes no Sol podem explicar mistério de sua atmosfera

Se a parte mais externa do Sol já é um inferno de tão quente, seria de se imaginar que seu interior fosse ainda mais infernal, não é mesmo?.. Só que não!

 A atmosfera do Sol é muito mais quente que sua superfície, e compreender esse processo é bem difícil, com alguns mistérios que ainda não conseguimos explicar claramente.


Por isso a NASA lançou em 28 de Junho de 2013 a sonda 'IRIS' (Interface Region Imaging Spectrograph - Espectrógrafo de Interface de Imagens de Regiões), com a ideia de estudar bem de perto como funciona a atmosfera mais exterior de nossa estrela.

Agora, em um estudo recém publicado na 'Nature Astronomy', uma equipe internacional de pesquisadores juntaram forças entre a NASA (Agência espacial dos EUA), ESA (Agência Espacial Europeia) e a JAXA (Agência Espacial do Japão) e conseguiram explicar melhor mais um dos mistérios do Sol: os Nanojatos solares.


As imagens publicadas na revista Nature Astronomy revelam o processo de formação de nanoflares, que parecem ser um dos grandes causadores do aquecimento coronal.

Pequenas luzes Brilhantes no Sol podem explicar mistério de sua atmosfera - Imagem 1


Os tais Nanojatos são pequenas luzes finas e brilhantes que riscam perpendicularmente a corona solar (aquela borda brilhante que vemos durante eclipses solares, por exemplo). 

Devido a enorme dificuldade de serem detectados, ainda não temos muita informação sobre os Nanoflares, mas a missão IRIS já nos deu imagens de alta resolução que nos permitem ter mais pistas sobre esse mistério.

Já descobrimos que essas pequenas explosões no Sol são muito pequenas, rápidas, e acontecem principalmente durante um evento conhecido como 'chuva coronal', que é quando fluxos de plasma resfriado viajam entre a coroa e a superfície solar.


Os pesquisadores conseguiram filmar essa tal 'chuva coronal' em abril de 2014 e, desde então estudam esse fenômeno.

Com grande ampliação das imagens, eles puderam ver jatos mais brilhantes que o restante do material aparecendo rapidamente. 


Esses flashes super-rápidos seriam os tais 'nanojatos solares', que parecem ser a origem dos 'nanoflares' que poderiam explicar o aquecimento das partes mais externas do Sol.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores combinaram as observações com simulações avançadas. Os modelos mostraram que os nanojatos eram uma assinatura reveladora de reconexão magnética e nanoflares, contribuindo para o aquecimento coronal.


De qualquer forma ainda precisaremos de novos estudos para estabelecer a frequência de nanojatos e nanoflares em todo o Sol, e descobrirmos com quanta energia eles contribuem afinal para o aquecimento da coroa solar. 

Missões como 'Solar Orbiter' e 'Parker Solar Probe' deverão ser cruciais para nos dar mais detalhes sobre esses processos.


Imagens: (capa-divulgação) / IRIS / NASA / ESA / JAXA
28/09/2020


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Um comentário:

  1. Sei que nada tem a ver com o artigo, mas gostaria de comentar que a temperatura de 44°C está bem exagerada para essa época do ano, imagina só no verão que deve chegar nos 50°C.

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