NASA Revela Descoberta de Água na Lua - O que isso muda? E Quanta Água foi Encontrada?

Após alguns dias de suspense, NASA finalmente faz a revelação de sua descoberta - a Lua tem MUITA água (mesmo durante o dia!)

A Agência Espacial dos EUA (NASA) revelou a descoberta de água na Lua no "lado iluminado" do nosso satélite natural. Com isso, os cientistas perceberam que a Lua possui muito mais água do que se pensava, mesmo em regiões distantes dos polos, onde a luz solar nunca toca.

Na verdade, nós já sabíamos da existência de água na Lua desde 2009. Em 2018, foi confirmada a existência de água congelada próximo dos polos lunares. Agora, gelo de água foi descoberto mesmo em regiões distantes dos polos, e numa quantidade nunca antes imaginada.

O estudo foi liderado por Casey Honniball, pesquisador do Centro de Voo Espacial da NASA, e também por Paul Hayne, professor assistente do Laboratório de Física Atmosférica e Espacial da Universidade do Colorado.

Impressionante: descoberta mostra que o Sol cria água através de seus ventos solares

Analisando dados do Observatório SOFIA, os cientistas perceberam que a Lua de fato possui água em abundância, sobretudo em regiões internas de crateras que, mesmo durante o dia, não são iluminadas pelo Sol - regiões de "escuridão eterna".

Ilustração artística mostra região da Cratera Clavius onde a água foi detectada pelo Observatório SOFIA .

Créditos: NASA

Além disso, as descobertas anteriores de água na Lua se basearam no "código de barras" revelados pelos espectrômetros, mas não havia ficado tão claro se o que estava sendo visto era apenas água (H2O) ou grandes quantidades de hidroxila (HO). Desta vez, temos a certeza de que realmente trata-se de água.

Poderíamos beber a água de outros planetas?

A água na Lua foi detectada na Cratera Clavius e também no Mar da Serenidade - uma região mais distante dos polos - numa quantidade de 100 à 400 partes pra 1 milhão. Isso dá cerca de 350 ml de água para cada metro cúbico de solo lunar. A água fica presa no regolito lunar (pequenas rochas soltas que podem ter apenas 1 cm de diâmetro) em regiões muito frias, onde a luz do Sol não atinge o solo, mesmo durante o dia.

Com essa descoberta, os cientistas ficaram muito mais otimistas com relação ao programa ARTEMIS de retorno do ser-humano a Lua. Afinal de contas, precisamos de água para montar uma base, e agora, sabemos que praticamente qualquer região da Lua seria bastante promissora. Um passo largo para as futuras explorações lunares!